Pode ver a partir do Minho uma explosão nuclear nas estrelas, evento único na vida

A última foi em 1946
Imagem ilustrativa de uma “nova”

É um evento “único numa vida”. Quem o diz é a agência espacial NASA, referindo-se à explosão nuclear numa estrela que deverá acontecer em setembro deste ano. A parte “única” é que será visível a olho nu – também a partir do Minho.

A NASA explica que estas explosões podem ocorrer, em média, a cada 80 anos. A última vez que o fenómeno foi observado foi em 1946, sendo a primeira em 1866.

Segundo a agência americana, esta “explosão estelar”, chamada de “nova”, vai ocorrer numa constelação a cerca de 3.000 anos-luz do nosso planeta, mas será tão brilhante que vai ser possível observar a olho nu durante a noite do evento, caso a atmosfera terrestre assim o permita e o céu seja visível.

Mais concretamente, esta “nova” ocorrerá no sistema estelar binário T Coronae Borealis, localizado na constelação Corona Borealis, um sistema que, ao contrário do nosso, que orbita ao redor de apenas uma estrela (sol), contém duas estrelas ligadas gravitacionalmente: uma anã branca e uma gigante vermelha.

Explica a NASA que quando a gigante vermelha liberta grandes quantidades de hidrogénio, a acumulação de pressão e calor na anã branca pode levar a uma explosão termonuclear, situação que deverá ocorrer em setembro deste ano, num dia ainda não prevista com exatidão.

Esta situação é diferente da mais popular “supernova”, que é a destruição final de uma estrela.

Onde ver no Minho

A região do Minho é uma das mais privilegiadas do país para a observação do céu noturno por incluir várias zonas altas de montanha onde a poluição luminosa é reduzida. Esta “nova” pode ser observada com telescópio – ou a olho nu – a partir de diferentes locais, como o Altar das Estrelas, em Viana do Castelo, as Serras de Fafe ou em Gavieira e Cabana Maior, em Arcos de Valdevez, no Parque Nacional Peneda-Gerês, locais onde os astrofotógrafos gostam de registar os astros.

 
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