Carlos Carvalhal pediu hoje o apoio dos adeptos ante o Rio Ave, no domingo, na sétima jornada da I Liga de futebol, defendendo que o SC Braga está em “rejuvenescimento”, mas “não tem feito má figura”.
No campeonato, os minhotos regressaram às vitórias na última jornada, com o triunfo na Madeira, frente ao Nacional, por 3-0, tendo também ganho na ronda inaugural da Liga Europa, na quinta-feira, em casa, diante dos israelitas do Maccabi Telavive, num muito ‘suado’ 2-1 carimbado aos 90+5 minutos, de penálti, por Bruma, que já tinha empatado o jogo pouco antes (88).
O treinador ‘arsenalista’ frisou o pouco tempo decorrido até à receção aos vila-condenses, notando que “a preparação para o jogo, no fundo, vai ser feita hoje”, e pediu “apoio e carinho” aos adeptos minhotos.
“Foi sempre na raça e na determinação que ganhámos e amanhã [domingo] vai ser assim. Apelo à massa associativa, porque o Braga está em rejuvenescimento, com muitas entradas, jogadores que vieram de outros campeonatos, jovens que têm tendência para cometer erros e a evoluir e que precisam de apoio e carinho. Não é por falta de empenho que a equipa não tem jogado melhor. Vontade não falta e isso, aliado ao apoio de fora, é importante”, disse.
Questionado sobre durante quanto tempo é que a equipa continuará a ganhar mais na raça do que com nota artística, Carlos Carvalhal respondeu: “se andarmos assim [a ganhar] até final da época assino por baixo”.
“Queremos jogar com atitude e a querer ganhar, esse é um imperativo, e depois buscar qualidade. Uma equipa que remata como nós, que tem fluidez de oportunidades, 30 tentativas de golo, faz cinco golos nos dois últimos jogos, e cria várias oportunidades, vamos com calma. A última imagem é a que fica, mas o SC Braga não tem feito má figura. Estamos com três pontos na Liga Europa e no nosso campeonato a dois pontos da equipa que está em terceiro lugar”, salientou.
Após o jogo com os israelitas, Carlos Carvalhal destacou que uma das dificuldades da equipa teve que ver com o momento certo de fazer a pressão e, questionado sobre se esse é um problema transversal à equipa, o treinador explicou que está relacionado com a experiência dos jogadores.
“A capacidade de alguns jogadores, pela sua experiência e posicionamento, permite ‘matar’ três linhas de passe aos adversários. Só para dar alguns exemplos, o [João] Moutinho, o André Castro ou Fransérgio fazem isso muito bem, em função do seu posicionamento conseguem matar duas ou três linhas de passe. O mesmo acontece com os avançados – o Piazon faz muito bem isto -, mas isto é difícil conseguir-se num ápice. Também quando os adversários param a bola no guarda-redes, os adeptos muitas vezes empurram a equipa para fazer pressão, mas nessas alturas o melhor é aguardar”, detalhou.
A opção por João Ferreira como defesa central ao lado de Niakaté, em detrimento de Arrey-Mbi, diante do Maccabi Telavive, foi explicada pelo treinador.
“O João Ferreira no ano passado jogou a defesa central a um nível elevadíssimo, sendo que também joga a defesa direito. Tem a vantagem de poder lançar o jogo com o pé direito e incorpora-se mais no ataque, o que o Arrey-Mbi tem mais dificuldade em fazer sendo esquerdino a jogar pela direita. Não houve castigo nenhum [a Arrey-Mbi], até porque foi convocado, e aprendeu com os erros [foi expulso com o Vitória SC por agredir um adversário]”, detalhou.
Robson Bambu, Paulo Oliveira, João Moutinho e Zalazar continuam lesionados e fora do jogo de domingo.
SC Braga, sétimo classificado da I Liga, com 11 pontos, e Rio Ave, 11.º, com sete, defrontam-se a partir das 20:30 de domingo, no Estádio Municipal de Braga, em jogo que será arbitrado por Cláudio Pereira, da associação de Aveiro.