“Perdemos o jogo nos primeiros minutos, com a entrada em falso”

César Peixoto
Foto: DR

Declarações após o jogo Estrela da Amadora-Moreirense (2-1), da sétima jornada da I Liga portuguesa de futebol:

– César Peixoto (treinador do Moreirense): “Perdemos o jogo nos primeiros minutos, com a entrada em falso. Não podemos entrar assim. Sabíamos que o jogo ia ser intenso. Não entrámos bem. Condicionámos o jogo por aí, mas fomos a equipa que mais quis jogar e mais quis ganhar. Houve muitas paragens que nos quebrava o ritmo. Acabou por vencer o Estrela da Amadora mais por demérito nosso que por mérito do Estrela, penso eu.

Ao intervalo não corrigi muita coisa, porque não havia muita coisa para corrigir. Na segunda parte, veio ao cimo a mentalidade competitiva da equipa. Na primeira parte criámos várias situações onde não definimos bem. Acabámos por estar mais em cima, por criar mais oportunidades, mas os primeiros 20 minutos retiraram-nos de um jogo que poderíamos ter vencido.

A única troca de palavras que disse ao árbitro foi ‘é falta, é falta, chama o VAR, é falta’. Posso ter sido mais intempestivo, mas não faltei ao respeito a ninguém. E isso retirou-me do resto deste jogo e do próximo jogo também. Confirmou-se que era falta. Se pode haver reversão nas decisões após intervenção do VAR, poderia haver a mesma reversão em relação aos cartões”.

– José Faria (treinador do Estrela da Amadora): “Depois de uma vitória destas, emotiva, com todas as incidências do jogo, seria hipócrita dizer que não estava feliz. Estou cansado, mas feliz. O que mudou? Fizemos uma ou outra alteração, mas essencialmente foi um trabalho mental. Recordá-los quem são, de onde vieram. A equipa estava um pouco cinzenta. O que lhes pedi é que tivessem o brilho nos olhos.

Preparámos muito bem este jogo. Tinha-lhes dito que iríamos ganhar 2-0. Acabámos por sofrer um golo, mas faz parte.

Os jogadores estavam tranquilos. Disse-lhes que os mais importantes são os que ficam cá fora e não jogam. Porque, se esses estiverem motivados, os que lá estão dentro sabem que podem sair a qualquer momento. Senti o grupo a conviver. Estavam bem. No final do jogo estavam felizes. Pedi-lhes para colocar água na fervura, porque, afinal, este tem de ser o espírito do Estrela da Amadora.

Éramos uma equipa que faltava verticalidade. A entrada do Jovane foi para isso, tal como pedimos ao Travassos para reforçar o jogo interior. Temos três jogadores da frente com características diferentes. Quando temos o Kikas podemos ferir o adversário em profundidade. Correu tudo como pretendíamos”.

 
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