O Tribunal de Braga condenou, ontem, a quatro anos de prisão, suspensos por igual período, uma ex-funcionária do balcão da Póvoa de Lanhoso da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Filipa Osório, que foi julgada sob a acusação de se ter apropriado de dois mil euros da conta de uma cliente (entretanto falecida).
A ex-bancária foi considerada culpada de quatro crimes, os de peculato, falsificação de documento, falsidade informática e acesso ilegítimo, estes três na forma agravada.
A arguida, que não esteve presente no julgamento por estar a residir e a trabalhar na zona de Lisboa, ficou, ainda, obrigada a pagar dois mil euros, mais juros, à Caixa, o que terá de cumprir nos primeiros dois anos de suspensão da pena.
No terceiro ano, terá de entregar mil euros à StreetDogs Associação de Proteção Animal e no quarto outro tanto à APPACDM.
Os juízes obrigaram-na, ainda, a visitar uma prisão, no primeiro ano de suspensão, como forma de a “motivar a abster-se da prática de qualquer ilícito criminal”.
A acusação do Ministério Público de Braga dizia que a ex-funcionária, em 28 de dezembro de 2018, no balcão povoense, usou as credenciais informáticas que lhe estavam atribuídas em virtude das suas funções, para abrir uma conta em nome de uma cliente, então com 89 anos, emitindo a respetiva caderneta bancária, para o que teve de “assinar” e “rubricar” o documento de suporte como se fosse a cliente. E retirou dois mil euros da conta, dinheiro que a CGD devolveu, depois, à lesada.