O Tribunal Criminal de Braga acaba de condenar a três anos e meio de prisão, suspensos por igual período, um casal da cidade, por burla qualificada a uma casa de penhores de Fafe, mas com loja em Braga. A funcionária da loja, Clara Costa, julgada por abuso de confiança, e uma outra arguida (amiga do casal), que seria cúmplice, foram absolvidas.
A O MINHO, o advogado de defesa João Ferreira Araújo disse que pondera a entrega de recurso para a Relação de Guimarães.
O Tribunal deu como provado que António Dias e a mulher, Dionísia, residentes no bairro de Santa Tecla, foram, em 2012 e 2013, acompanhadas de outra mulher, à loja da Prestiminho, em Braga, para penhorar sete peças em ouro, que valiam 57 mil euros. Receberam 40 mil em troca, e sete cautelas, ou seja, documentos que lhe permitiriam reaver as joias, quando devolvessem o dinheiro.
Clientes habituais
Os três eram clientes habituais do estabelecimento, sito na Rua de São Marcos, pelo que tinham confiança com a funcionária.
“Por isso, em maio de 2014, engendraram um esquema para a convencer a entregar-lhes as peças de ouro identificadas nas cautelas de penhor, para as integrar no seu património, sem que efetuassem o pagamento da quantia monetária que lhes foi entregue pela Prestiminho”, concluiu o juiz.
A funcionária, sem autorização da empresa, cedeu-lhes as peças com a promessa de que as devolveriam logo a seguir.
Dias depois, disseram-lhe que o apartamento onde vivem fora assaltado, “tendo os ladrões levado o ouro, pelo que já não o podiam devolver”. A casa “não havia sido assaltada”.
Os dois, vieram, depois, a penhorar parte das joias numa outra prestamista em Braga.