A Comissão Política Concelhia do PAN de Famalicão veio hoje a público revelar “fundados receios de que a visão unilateral e a falta de equilíbrio das políticas da maioria PSD/CDS destruam o património ambiental do concelho”, criticando as decisões que se têm operado nos últimos anos.
Após meses de insistência, o partido recebeu a lista de pedidos para instalação de centrais fotovoltaicas no concelho, embora a mesma remeta para 29 de novembro como a última atualização.
“Precisamos de respostas. Precisamos saber quantos processos vão obter licenciamento e quais os impactos ambientais. Assim como, queremos saber se algum destes projetos irá a auscultação pública ou se as decisões que tanto afetam o nosso património ambiental irão continuar a ser escondidas da população até não existir volta a dar.” refere Sandra Pimenta, lembrando o caso do Parque da Devesa e a retirada das hortas urbanas para dar lugar a um pavilhão industrial.
O partido revelou que a autarquia concedeu a lista de pedidos para instalações fotovotáilcas no concelho e, salienta o PAN, “verifica-se mais um pedido da empresa Compatible Potential, responsável pelo projeto de Outiz, e outras empresas, semelhantes na constituição, e das quais pouco ou nada se sabe”.
E nota: “Ao que acresce localizações como Ribeirão, Fradelos como potenciais locais de instalação, ou seja, locais potencialmente próximos da central de Gemunde, Outiz.. Para já prevê-se uma área de 134 ha, sendo que a central de Outiz ocupa 59% do total”.
Para o PAN, Famalicão tem também “um centro da cidade completamente artificializado, com tendência a piorar” e “uma constante crescente ocupação de solo agrícola para construção de pavilhões e outras atividades extrativistas”.
Dão ainda, como exemplo certo, os casos do hipermercado E.Leclerc e da empresa Leica “que optaram por aproveitar os parques de estacionamento para a colocação de painéis”.
“E essa, na nossa opinião, tem de ser o caminho. Aproveitar o que já existe, em termos de artificialização, e garantir soberania energética diretamente às empresas e famílias.” defende a porta-voz, Sandra Pimenta.
O partido sublinha ainda ter solicitado “esclarecimentos ao executivo para obter a posição deste em relação aos potenciais licenciamentos, assim como qual a classificação do solo a ocupar, lembrando que zonas de Reserva Agrícola Nacional e de Reserva Ecológica Nacional têm sido disseminadas em nome do interesse público”.