Onze anos e 40 cidades depois, a estátua viva de Maria Flor parou em Viana

Natural de Lisboa, a artista de rua já percorreu todo o país
Foto: Joca Fotógrafos / O MINHO

Natural de Lisboa, Maria Flor já percorreu o país de lés a lés até, na semana passada, se ter fixado em Viana do Castelo. Artista de rua há 11 anos, a capital do Alto Minho é já a 41.ª cidade, de quatro países, onde vive e trabalha.

A mulher-estátua já andou do Algarve às Beiras, viveu também em Espanha, França e Holanda. Ultimamente estava no Porto, mas “por uma feliz coincidência” acabou por parar em Viana do Castelo onde faz o seu número de estátua viva, a “Menina da Fonte”.

“Estava a morar no Porto, nunca tinha vindo a Viana. Vim visitar a cidade, achei até que poderia vir trabalhar, então trouxe o material, experimentei, gostei e pronto”, conta artista, de 32 anos, a O MINHO.

Foto: Joca Fotógrafos / O MINHO

A saída do Porto teve como motivo a cidade estar “bastante descaracterizada”. E explica porquê: “Não tem as pessoas que tinha diariamente, desde a pandemia que mudou um bocado. E agora com a gentrificação foi a golpada final. Já não aparecem as mesmas avós com as mesmas crianças. É só turistas, turistas, turistas, mas o turista é um extra, não paga as contas”.

“Cidade ser plana também ajuda”

Em Viana do Castelo gostou do “movimento” cultural: “Tem bastantes eventos, é uma cidade que tem uma agenda cultural bem elaborada. Isso é do melhor que o Norte tem para dar: o interesse pela cultura”.

“A cidade ser plana também ajuda”, acrescenta, justificando que, ao fazer a estátua viva, tem um “sistema interno que é uma fonte”, que não convém estar inclinada, porque “a água cai mais rapidamente” e tem que “estar sempre a reencher”.

Com formação em teatro e dança, também tem habilidades musicais, mas atualmente está dedicada à estátua viva. Tem também um espetáculo de dança preparado, que pode “fazer em qualquer lugar”, estando a aceitar “propostas” para o apresentar.

 
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