O presidente da comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas afirmou hoje que os grupos parlamentares “estão inclinados” para a decisão de suspender os trabalhos durante o período de debate orçamental.
O deputado do Chega e presidente da comissão de inquérito, Rui Paulo Sousa, disse, após reunião da mesa e coordenadores, que os partidos, embora sem uma decisão definitiva, estão inclinados a suspender os trabalhos da comissão de inquérito e que essa decisão será tomada numa próxima reunião.
O presidente da comissão detalhou que os trabalhos deverão ficar suspensos a partir do dia 30 de outubro e até ao final de novembro, e que apenas com acordo dos partidos esse período de suspensão será interrompido para novas audições.
Nesta reunião foi também discutido o pedido de reserva de imagem do antigo assessor da Presidência da República para a área da saúde, Mário Pinto, que foi, para já, rejeitada pela mesa da comissão, uma vez que, explicou Rui Paulo Sousa, “a justificação que foi dada não foi suficiente para comissão entender” que essa reserva se justificaria.
Mário Pinto, de acordo com o presidente da comissão, alegou ter “alguns problemas de personalidade quando está na presença de comunicação social”, uma explicação que os deputados consideraram insuficiente e motivou um novo pedido para que fossem detalhadas a justificações do antigo assessor da Presidência.
Rui Paulo Sousa explicou ainda que foi alargado o prazo em um dia para o envio de perguntas por escrito ao antigo primeiro-ministro António Costa e que essas questões terão de ser enviadas pelos grupos parlamentares até ao fim do dia de hoje.