O presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal considerou hoje que o Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) não é ousado e não empreende, faltando medidas para estimular o investimento, e que a economia corre o risco de ficar anémica.
“A maior parte das medidas não são novidade, são sobretudo de permanência. É um orçamento que não ousa, que não empreende. […] A economia corre o risco de ficar anémica se não ousar empreender”, afirmou disse hoje o presidente da CIP, Armindo Monteiro, em conferência de imprensa, em Lisboa, sobre o Pacto Social, o Orçamento do Estado e as perspetivas económicas para 2024.
Para a confederação empresarial, um dos aspetos insuficientes do documento é a falta de medidas para estimular o investimento, mas realçou como aspetos positivos o aumento do rendimento das famílias por via do alívio fiscal e a redução da dívida pública.
“Temos bem a consciência que é preciso fazer escolhas no orçamento e, por isso, é sempre um equilíbrio entre possíveis impactos, mas a nossa preocupação é que se esses impactos não forem antecipados, podem provocar efeitos dramáticos, quer nas famílias, quer nas empresas”, apontou Armindo Monteiro.
O Governo entregou a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), na semana passada, na Assembleia da República, que será discutida e votada na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro, estando a votação final global agendada para 29 de novembro.