A Infraestruturas de Portugal (IP) espera consignar, no último trimestre deste ano, a construção do troço da variante do Tâmega, entre Corgo e a rotunda de Lordelo, em Celorico de Basto, foi hoje anunciado.
“A consignação da obra está programada para o último trimestre de 2023, condicionada à obtenção do visto do Tribunal de Contas, da libertação total dos terrenos a expropriar e da autorização para o abate de espécies protegidas em povoamento”, lê-se num esclarecimento da IP enviado à agência Lusa.
Aquele troço da variante, refere o documento, terá uma extensão de 3,282 quilómetros, com um custo estimado de cerca de 12 milhões de euros, suportado pelo Plano de Recuperação e Resiliência.
O lanço vai começar na Estrada Nacional 210 (EN210), “perto da localidade do Corgo, desenvolvendo-se genericamente no sentido norte-sul, até à rotunda de Lordelo, construída aquando da ligação de Celorico a Mondim de Basto, em 2020”.
As ligações à rede viária atual serão garantidas com a construção de três rotundas, a primeira ao quilómetro 9,2 da EN210, para a ligação ao Corgo e a Canedo de Basto, a segunda ao quilómetro 127,200 da EN304, para a ligação a Fermil e Veade, e a terceira em Lordelo, para ligação a Celorico e a Mondim de Basto.
No âmbito desta empreitada, serão ainda construídos dois viadutos, uma ponte sobre o rio Veade, duas passagens agrícolas, uma passagem inferior e uma superior.
A conclusão deste lanço vai contribuir, assinala a IP, “para que o tráfego pesado deixe de circular nas estradas nacionais (EN210 e EN304) e que deixe de atravessar o centro urbano de Fermil de Basto”.
Recentemente, a tutela publicou em Diário da República um despacho que declara “a utilidade pública com caráter de urgência da expropriação dos bens imóveis e direitos a eles inerentes necessários” à execução daquela obra.
A Via do Tâmega ou variante à EN210, que tem vindo a ser construída por troços ao longo de mais de duas décadas, é uma acessibilidade rodoviária que liga atualmente Amarante (Autoestrada 4) a Celorico de Basto e Mondim de Basto.
A ideia inicial do projeto da década de 80 do século passado, que se assumia como uma alternativa ao encerramento da linha ferroviária do Tâmega, apontava que pudesse evoluir para norte, até Arco de Baúlhe, no concelho de Cabeceiras de Basto.