Declarações após o Vizela–Desportivo de Chaves (2-2), jogo da primeira jornada do Grupo A da Taça da Liga de futebol, disputado hoje no Estádio do Futebol Clube de Vizela:
Álvaro Pacheco (treinador do Vizela): “O resultado mais justo era a nossa vitória, mas não a conseguimos por culpa própria. Deveríamos ter gerido o jogo de outra forma. Na Taça da Liga lancei o desafio aos jogadores para trabalharem novas dinâmicas. Quero dar ritmo a jogadores sem tantos minutos, permitir a jogadores com o [Friday] Etim adaptarem-se.
A equipa realizou uma segunda parte muito boa, depois de uma primeira equilibrada. Na parte final, não conseguimos ser serenos, controlar o jogo e garantir a vitória. Estamos a trabalhar para estarmos na melhor forma quando o campeonato regressar e conseguir os três pontos.
A culpa própria não se deve só ao facto de não estarmos serenos e tranquilos na parte final. Deveu-se também ao facto de termo tido várias oportunidades para fazer o 3-1 e não termos concretizado. Mas isto faz parte do processo de crescimento da equipa.
Os jogadores nunca podem perder a vontade de se divertirem a fazer o nosso jogo. Quando estivemos felizes no nosso jogo, demos a volta ao resultado. Quando ficámos nervosos, sofremos o empate. O resultado acabou por nos fugir, mas temos de olhar para a frente. Há muita coisa por conseguir.
Tanto o [Osama] Rashid como o Alejandro [Alvarado] não têm tido ritmo de jogo, e o jogo estava muito intenso e rápido [a propósito das saídas ao intervalo]. Não estávamos bem posicionados para a pressão sem bola. Esses dois jogadores não estavam com os ajustes que a equipa necessitava para ter fluidez. O Alejandro está nos sub-23 e trabalha connosco. O Vizela acredita muito nele. A Taça da Liga serve para estes jogadores terem minutos e crescerem em competição. Com o Samu e o Guzzo, jogadores mais identificados com o processo [de jogo], melhorámos na defesa e criámos mais oportunidades. Faltou-nos finalizar”.
Vítor Campelos (treinador do Desportivo de Chaves): “Na primeira parte, entrámos muito bem, marcámos e poderíamos ter marcado mais. Tivemos uma excelente situação em que o Euller poderia ter rematado e decidiu passar. O Vizela acabou por empatar. Na primeira parte, tivemos mais posse de bola e domínio do jogo. Era justo estarmos a vencer ao intervalo.
Na segunda parte, o Vizela entrou melhor e esteve por cima. Falhámos muitos passes. Quando se falha muitos passes, permite-se que o adversário se galvanize. Quando íamos fazer substituições para alterar as coisas, ficámos em inferioridade numérica. Tivemos de reajustar a equipa para, mesmo em inferioridade numérica, termos a baliza nos nossos olhos. Sofremos o 2-1, mas acreditámos sempre que era possível [alcançar pontos] e chegámos, com justiça, ao empate.
Foi importante dar oportunidade a jogadores que têm jogado menos vezes, como o Habib Sylla, o Obiora, o João Queirós e o Patrick. A Taça da Liga serve para isso mesmo, para dar rodagem a jogadores menos utilizados ou que têm estado lesionados.
Esta equipa vem demonstrando, desde a primeira jornada, que é confiante, que gosta de jogar bom futebol. Estamos satisfeitos com os 19 pontos no campeonato à 13.ª jornada. Poderíamos ter mais, mas a equipa está confiante. O empate foi prova da resiliência e do acreditar da equipa. Deu-nos um ponto, o que mantém tudo em aberto para a Taça da Liga”.