Declarações após o jogo entre Tondela e SC Braga, da terceira jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado no sábado, em Tondela e que terminou com a vitória dos bracarenses, por 4-0:
– Carlos Carvalhal (Treinador do SC Braga): “Na minha opinião, o jogo não foi diferente do que fizemos com o Santa Clara. Hoje os níveis de eficácia foram maiores, conseguimos, se calhar, nas primeiras quatro situações de golo fazer três golos e, depois, ainda temos mais uma oportunidade clara e acabámos por fazer o quarto.
Na segunda parte a eficácia já não foi tão boa, apesar de termos criado oportunidade.
Conseguimos uma vitória boa, robusta, que nos moraliza e não sofremos golos que é uma coisa importante na nossa equipa, porque, no fundo, queremos que a equipa esteja permanentemente equilibrada.
Não demos muitas hipóteses, apesar da forte reação do Tondela na segunda parte e de uma ou outra situação de perigo que, realmente, tiveram, a equipa esteve sempre equilibrada da nossa parte.
O meu agradecimento aos muitos adeptos que estavam à nossa espera, para nos apoiar. Vieram aqui e isso também reforça a necessidade de abrir as portas aos adeptos, evidentemente com segurança, porque as pessoas estão ávidas de futebol.
No caso dos adeptos do Braga estiveram aqui em bom número, antes do jogo a apoiarem-nos, e vieram aqui só para nos apoiar e voltaram outra vez para casa.
Espero que amanhã haja a possibilidade de abrir a porta e ter alguns adeptos dentro do estádio já que, parece-me a mim, estas experiências, este fim de semana, foram bem-sucedidas.
[Sobre o encerramento do mercado de transferências, na terça-feira] Nós sabemos que os nossos jogadores são muito cobiçados. A partir de terça-feira vamo-nos focar todos no Braga e vamos definitivamente arrancar com toda a gente focada para uma excelente época e animar o campeonato”.– Pako Ayestarán (Treinador do Tondela): “Nenhum treinador espera perder o jogo de início e muito menos perder por quatro golos na primeira parte.
No primeiro tempo [os jogadores do Sporting de Braga] foram muito superiores a nós.
Nos dois jogos anteriores demos uma boa imagem, fomos muito competitivos e hoje tínhamos pela frente uma grande equipa, uma equipa que fez uma grande exibição na primeira parte.
Pensámos que na primeira parte conseguíamos controlar as alas, porque sabíamos que eles posicionam muitos jogadores por dentro (…) mas não fomos capazes e, no segundo tempo, com a mudança de sistema (…) controlámos melhor o jogo e tivemos as nossas oportunidades, mas não fizemos golo.
Prefiro esquecer [os primeiros 45 minutos], porque quando se faz um primeiro tempo como este todos temos algo para analisar, e o primeiro sou eu. Há que aprender com o que aconteceu, mas principalmente esquecer, porque nós não somos a equipa que jogou na primeira parte, somos mais o que fizemos no segundo tempo também.
A agressividade não vem só com um jogador. A equipa tem de conseguir que as bolas cheguem no momento adequado ao lugar adequado”.