“O caminho é este”

I Liga

Declarações após o jogo Sporting-Vizela (2-1), da 17.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, realizado na sexta-feira no Estádio José Alvalade, em Lisboa:

– Tulipa (treinador do Vizela): “Estivemos a muitíssimo pouco tempo de fazer um ponto, contra uma equipa muito boa. A minha equipa mostrou caráter e compromisso. Nas alturas em que o Sporting nos remeteu para o meio-campo defensivo, estivemos coesos. Tiro uma ilação positiva deste jogo, a equipa vai tendo compromisso e ideias positivas. O caminho é este.

Não sou analista de arbitragem, sou treinador. Quando a bola toca no árbitro, muitas vezes interrompemos o jogo, mas tem de se perceber quem tinha a bola e quem estava mais próximo da bola. Éramos nós.

[A grande penalidade] É uma decisão do árbitro. Acho que, se o lance fosse fora da grande área, noutro espaço do terreno era falta a nosso favor, porque é o jogador do Sporting que baixa a cabeça.

[Sobre a linha de cinco defesas] Fizemo-lo porque o Sporting mete muita gente na última linha e não queremos atrasar os nossos médios. Preparámos uma linha a cinco para, quando a bola é jogada longa, os nossos médios estarem em posição e, com os alas por dentro, poder ganhar uma segunda bola e avançar no terreno. O Aidara fez um bom jogo, acabou por não ter o efeito que pretendíamos, que era levar pontos, mas o plano resultou porque criou surpresa no adversário.

Somos uma equipa que está no segundo ano na I Liga e resume-se a um contexto muito simples, que é assegurar a permanência o mais rápido possível. Este é o melhor resultado numa primeira volta, fizemos um número de pontos nunca alcançado. Olhamos para trás e pensamos que até podia ser melhor. Estes rapazes têm competência, jogam com prazer, acreditam nos propósitos com que os lançamos no jogo, e estes minutos finais têm penalizado muito esta equipa”.

– Rúben Amorim (treinador do Sporting): “Sente-se ansiedade no estádio, é normal. O Vizela é forte na transição, com jogadores entrelinhas e criaram problemas, mas, com o número de oportunidades que tivemos, podíamos ter garantido a vitória mais facilmente e mais cedo.

Temos de trabalhar da mesma forma como sempre trabalhámos as nossas ideias. Se olharmos ao golo [sofrido] de hoje, desligámos. Independentemente se bateu ou não [no árbitro], desligámos completamente. Quando estamos num momento assim, em que tudo acontece, não podemos desligar. É trabalhar e temos de melhorar nesse aspeto.

O importante é focarmo-nos no que temos de fazer. Quando eu entrei [no Sporting], estava muito pior. As pessoas não estão contentes e cabe-nos dar a volta. Depende dos resultados e, se ganharmos, esses gritos desaparecem.

Não estamos na posição em que deveríamos estar, perdemos pontos que não devíamos ter perdido. Temos muita culpa no cartório, houve jogos em que devíamos ter ganho. Foi uma primeira volta onde sofremos muito, tivemos momentos de bom futebol e outros nem tanto. O que temos de fazer é ganhar, isto muda rápido e o que hoje é verdade, mais tarde pode ser mentira.”

 
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