A nuvem Stratocumulus volutus, vulgarmente conhecida como nuvem-rolo, registada por volta das 18:00 horas da tarde deste domingo, nas praias da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde, é um fenómeno que “raramente se forma, muito menos em Portugal”, sendo extremamente rara, disse a O MINHO a meteorologista de serviço do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
De acordo com meteorologista Paula Leitão, “essa nuvem que se formou, raramente se forma, não é comum, é uma situação que está descrita que acontece mas raramente se assiste, muito menos em Portugal. É mesmo muito raro”.
Segundo o serviço nacional de meteorologia do Reino Unido, consultado este domingo por O MINHO, este tipo de nuvem apresenta uma forma longa e tubular, movendo-se horizontalmente, como se estivesse a “rolar” sobre o oceano.
Uma nuvem-rolo não é necessariamente sinal de tempestade, sendo comum na presença de frentes frias ou brisas marítimas intensas que interagem com massas de ar quentes e húmidas.
Nuvem trouxe ventos fortes à praia?
Cerca de 20 minutos depois de a nuvem se ter formado na costa, alguma praias, sobretudo em Esposende, registaram vento forte, que vários banhistas associaram ao surgimento da nuvem.
Contudo, Paula Leitão refere que o fenómeno é tão raro que não tem registos para possível comparação e para poder comprovar que o fenómeno de vento está associado à nuvem. A especialista consultou o radar e explicou que os fenómenos de vento que ocorreram estão associados a trovoadas, mas pela hora de formação da nuvem, não houve esse registo próximo do litoral minhoto, pelo que a possibilidade de o vento ter sido provocado pela nuvem faz sentido, mas não está confirmado pelo IPMA.
