“Numa cidade Património Mundial, a torre não ser dos vimaranenses não cabe na cabeça de ninguém”. Quem o afirmou foi o engenheiro civil Miguel Bastos, em entrevista à Rádio Santiago.
Miguel Bastos, vimaranense que tem orientado várias visitas aos monumentos da cidade, confessou que espera que esta polémica resulte na devolução da Torre da Alfândega aos vimaranenses.
“Entristece-me que não tenha sido na altura exercido o direito de opção para a aquisição da torre, não digo as casas todas. Mas, estamos sempre a tempo de remediar e espero que esta polémica que tem vindo à liça permita que se consiga finalmente devolver a torre aos vimaranenses”, referiu, realçando que na sua opinião o acesso ao pátio superior é muito pouco.
“É muito pouco, é algo interessante, mas a torre em si (um quadrado com 14X14 metros que está lá implantado) devia ser totalmente reabilitada e devolvida à população”, acrescentou.
Na opinião de Miguel Bastos, a Torre da Alfândega não devia ser propriedade privada, mas sim um edifício da cidade.
“ Não devia ser propriedade privada. A última torre que resta das muralhas, um postal turístico da cidade, pertencer a um privado?… É contra isso que tenho lutado, com outras pessoas e instituições”, criticou o engenheiro civil.
“Estamos sempre a tempo de conseguir que esse imóvel seja adquirido pelo Estado, reabilitado e devolvido à população. Há sempre mecanismos de negociação com os atuais proprietários ou através de expropriação para que a torre seja devolvida, digo, a torre não é um acesso à parte de cima, isso é muito pouco ou quase nada”, concluiu, apelando para que a torre seja devolvida ao povo.
Fique a par das Notícias de Guimarães. Siga O MINHO no Facebook. Clique aqui