Está em curso a construção do renovado Parque das Camélias, a sul da cidade de Braga, que comportará cerca de 800 espécies arbóreas (190 árvores e 600 arbustos).
Este novo espaço, situado entre o Parque de Campismo e a Escola Profissional, pretende ser um reforço para o futuro Grande Parque da Cidade (ou Parque Central), unindo-se ao Monte Picoto e ao Parque da Ponte.
O projeto de requalificação do Parque das Camélias, onde serão plantadas as tais 800 espécies arbóreas, é um projeto antigo que só agora ganha nova forma por ser “o momento certo”, segundo disse Altino Bessa a O MINHO, aquando do arranque da obra.
“Sempre achei que poderíamos esperar para a requalificação porque, mais dia menos dia, iria aparecer a possibilidade de uma candidatura a fundos europeus que nos permitiria requalificar aquele parque”, disse o vereador com pelouro ambiental em Braga.
O projeto para o parque faz parte da estratégia de adaptação às alterações climáticas por parte da Câmara de Braga. Houve uma candidatura ao POUSER, que foi aceite, e vão ser financiadas 140 mil euros em árvores para o novo Parque da Cidade.
“O objetivo será, depois de requalificado, ligar aquele parque ao Parque da Ponte, criando 30 mil metros quadrados”, explica. No entanto, Altino Bessa não quer ficar por aí.
“Consideramos que será o primeiro grande parque da cidade, abrangendo ainda o parque de campismo, o estádio 1.º de Maio, campo das Camélias, Altice Forum e a área do antigo clube de caçadores, que também vai ser requalificado num projeto de 400 mil euros, que servirá também para alojar os feirantes e criar novas condições para estacionamento e até para concertos e outras atividades, por ser um local amplo”, revelou em exclusivo ao nosso jornal.
Braga prepara um ‘Central Park’ ao unir diversos pontos verdes na cidade
Uma vez interligados, Parque das Camélias e Parque da Ponte vão unir-se ao Monte Picoto, onde existem mais 24 hectares. “Estamos a falar num parque da cidade que vai ter uma área de mais de 60 hectares, 600 mil metros quadrados”, destacou.
Evitar ondas de calor
Altino Bessa não quis falar de um “Central Park”, mas admite que, após os 600 mil hectares de zona verde, é intenção do município interligar o parque da cidade com a rede de ciclovias e ecovias do rio Este, e ainda com a zona da Rodovia, até ao Meliã.
“Estamos a falar de grandes espaços públicos municipais de usufruto aberto para quem quiser utilizar”, explicou, revelando que o objetivo passa também, em contexto ambiental, para melhorar a qualidade do ar, o valor da água, fauna e flora e ainda deminuir as zonas de calor intenso na cidade.
“Foi nessa lógica que o projeto foi aprovado: combater ondas de calor, aumentar qualidade do ar e proteger fauna e flora e os próprios cidadãos a nível da qualidade mas também para obter espaços frescos na cidade”, rematou.