Espanha enfrenta, por estes dias, a chegada de uma nova vespa invasora, com avistamentos fora das regiões rurais, como é o caso das cidades de Barcelona e de Madrid.
A vespa oriental (Vespa orientalis), que é da família da maior vespa do mundo, foi avistada no porto de Barcelona, provavelmente proveniente de outros países mais exóticos graças ao transporte marítimo de mercadorias. Ou seja, da mesma forma utilizada pela vespa velutina para chegar à Península Ibérica.
De acordo com a revista Wilder, que cita o portal luso-espanhol LIFE Invasaqua, um ninho deste inseto foi detetado naquele porto catalão, no passado dia 08 de setembro. Em alturas anteriores, outros vespeiros foram encontrados em Valência, Cádiz e Málaga. Recentemente, um ‘ninho’ foi encontrado num armazém de contentores de transporte marítimo em Madrid.

Proveniente de regiões mais quentes, como o Médio Oriente, África, Asia Ocidental e a zona oriental do Mediterrâneo, a “vespa oriental” não é maior do que as vespas nativas de Portugal (Crabro), mas é maior do que a popular ‘asiática’, e a sua picada pode provocar dor idêntica à da velutina.
“Os técnicos consideram que esta espécie pode afectar gravemente a biodiversidade e as actividades económicas, apicultura e cultivos de árvores de fruto, principalmente, e pode representar um problema de saúde pública ao produzir picadas dolorosas”, alerta a equipa do LIFE Invasaqua, citada pela Wilder.
Até hoje, não há notícias de que esta vespa, que se distingue facilmente das restantes por apresentar uma coloração bastante peculiar, tenha sido detetada em território português.
Em Itália, tem crescido a consciência pública da presença destas vespas, sobretudo depois de relatos de ataques de mais de 200 ao mesmo tempo. Estão classificadas como “muito perigosas” e o assunto tem estado na ordem do dia, incluíndo nos principais meios de comunicação.
De acordo com a ficha técnica disponibilizada pela Direção Geral de Agricultura e Veterinária portuguesa, a Vespa orientalis tem o mesmo tamanho que a vespa europeia e é na sua totalidade encarnada.
“Só a cabeça vista de frente é amarela, assim como uma banda que apresenta no abdómen”.
A sua presença na Europa era apenas conhecida ao sudeste, em países como Itália ,Malta, Albânia. Grécia, Chipre, Roménia e Bulgária.