Declarações após o jogo Belenenses SAD – Vitória SC (1-0), da 22.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, realizado hoje no Estádio do Jamor, em Oeiras:
Pepa (treinador do Vitória SC): “Acho que temos andado neste ‘sobe e desce’ constante que é difícil de explicar, mas está identificado. Hoje, mais uma vez, sabíamos das dificuldades que iríamos encontrar. Independentemente da classificação, sabíamos que seria um jogo de muita luta, temos de fazer mais e melhor, mas, não criticando a postura do Belenenses SAD, deixou de haver jogo e quem lidera o jogo não pode permiti-lo. Mas nós metemo-nos muito a jeito.
Tínhamos de ser mais eficazes e objetivos na construção do jogo, mesmo nestas situações temos de ser mais criteriosos com bola e falhou isso tudo. Falta minimizarmos os erros de todos, não vale a pena estarmos a apontar o dedo a ninguém, temos de ser um todo, sermos concentrados e podemos sofrer golos se estes erros continuarem a acontecer.
Explica-se esta situação não se explicando. Nós vínhamos de uma vitória fantástica contra um grande rival, os níveis todos de qualidade, concentração, aqui não se trata de desviar e a atitude e rigor, pois quando acontece paga-se muito caro, estas perdas de bola que não são normais. Ficaram aqui três pontos que queríamos muito, mas ficámos a dever a nós próprios.
Entrámos muito bem, com bola, os erros foram surgindo e foram intranquilizando a equipa e dando confiança ao Belenenses SAD. Temos de ser mais objetivos, perceber que erramos e ser mais práticos.
Parabéns ao Belenenses SAD, agarrou-se ao resultado e nós perdemos discernimento, podíamos ter feito mais e continuámos a pôr-nos a jeito ao perder bolas no corredor central”.
Franclim Carvalho (treinador do Belenenses SAD): “Na primeira parte, o adversário esteve nos primeiros minutos com bola e nós com alguma dificuldade, depois conseguimos ter bola, mas faltou-nos agressividade ofensiva e disse isso mesmo ao intervalo. Fizemos o golo e ficámos a ganhar, o que não nos tem acontecido muito, e por isso não nos expusemos tanto.
É o terceiro jogo em que não sofremos golos, são esses dados positivos que retemos, mas há coisas para melhor e de que gostei muito pouco. Gostava que o ponto de viragem tivesse sido quando cheguei, mas não podemos esconder que também defrontámos nesse período o Sporting e o FC Porto, os dois primeiros classificados… estivemos em inferioridade numérica e na Madeira em superioridade e depois em igualdade, com 10 para 10. Não me estou a esconder com nada, são só factos.
Obviamente que trabalhar sobre vitórias é melhor, mas já disse à rapaziada que na terça-feira há folga, mas depois há um jogo muito difícil para preparar. Acho que o jogador não pensa muito nisso, mas eles sentiram a importância do jogo, souberam geri-lo na parte final. Tivemos uma ocasião em que a bola bateu nas pernas do adversário e não entrou, eles depois tiveram uma ocasião desse tipo e depois conseguimos controlar a largura do adversário.
Tivemos uma semana difícil psicologicamente, os jogadores acusaram um pouco o último jogo, depois há um sentimento de impotência quando jogamos em inferioridade e eles sentiram isso. Ainda assim a preparação foi a mesma dos outros jogos, queremos que os jogadores mantenham um tipo de comportamento mental.
A vitória sabe melhor do que o resultado anterior, a malta diz que sou um bocado ‘chupa limão’, porque me passa rápido… os jogadores têm folga, nós não.
O Baraye satisfez-nos muito e dá-nos coisas diferentes, como puderam perceber. Está com ganas, alegre, os colegas acolheram-no bem, ele integrou-se bem e vai ser mais um para ajudar”.