A diretora-geral da Saúde afirmou será preciso continuar a usar os métodos proteção contra a pandemia do covid-19, mesmo com a vacina. Segundo Graça Freitas, nem todas as pessoas vacinadas vão ficar imunizadas porque ainda não existe imunidade de grupo.
“A vacina não é 100% eficaz e ainda não existe imunidade de grupo. As pessoas que estão à volta também não estão protegidas e temos de continuar a usar os nossos métodos de proteção, que não podem ser abandonadas enquanto não houver imunidade de grupo. Aconselho as pessoas a estarem atentas a sinais e aos sintomas que já conhecem e que contactem as autoridades de saúde. Isso é muito importante”, esclareceu Graça Freitas esta terça-feira em conferência de imprensa.
Sobre a vacinação, “foram distribuídas 32 mil doses, mas estas carecem de outras 32 mil para completar o esquema vacinal. Ontem iniciou-se a vacinação nos lares de idosos e temos de ter critérios de prioridade, o que neste caso são os concelhos de maior risco. Vão ser vacinadas cerca de 150 instituições e serão abrangidas cerca de 12 mil pessoas”, esclareceu.
“Mesmo que os números aumentem, creio que o SNS ainda terá capacidade de se adaptar, reorganizando a sua oferta de cuidados. É uma preocupação acrescida, mas o SNS está a preparar-se para isso e vai conseguir adaptar-se”, assegurou.
Segundo avançou Graça Freitas, há 417 surtos ativos, desses 55 são no Norte, 25 no Centro, 284 em Lisboa e Vale do Tejo, 29 no Alentejo e 24 no Algarve. Relativamente à taxa de ocupação geral nos hospitais, estará entre os 70% e os 90%.
Portugal registou hoje mais 90 mortos e 4.956 novos casos de infeção por covid-19, em relação a segunda-feira, segundo o boletim epidemiológico diário da Direção-Geral da Saúde (DGS). Há ainda 4.691 recuperados.
De acordo com o boletim, desde o início da pandemia até hoje registam-se 436.579 casos de infeção confirmados e 7.286 mortes.
O boletim indica ainda o número acumulado de 349.110 casos recuperados.