Declarações após o jogo Moreirense-Paços de Ferreira (0-1), da sétima jornada da I Liga de futebol, disputado na terça-feira no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos:
– César Peixoto (treinador do Moreirense): “Não fizemos claramente um grande jogo, mas a sorte sorriu ao Paços de Ferreira. Na primeira vez que foi à frente, fez golo. Isso beneficiou a estratégia do adversário e nós tivemos dificuldade para progredir.
Tentámos ser mais proativos, controlámos muito bem o jogo e acabámos a primeira parte em cima. Poderíamos ter feito o empate em duas ocasiões e o jogo seria completamente diferente no segundo tempo. Mexemos, mas começámos a ficar ansiosos e precipitados.
Não tivemos capacidade para ligar tão bem o jogo e criar tanto volume. A segunda parte não foi bem disputada pelas duas equipas. A equipa trabalhou e não posso apontar nada. O resultado acaba por ser injusto, mas a justiça nem sempre aparece no futebol.
Temos muito trabalho para fazer e há que tentar arranjar rapidamente mais tempo para passar melhor a nossa ideia de jogo. Queremos ser uma equipa que, mesmo perante adversários fechados e organizados, consiga dar a volta, chegue à frente e faça golos.
A equipa defensivamente já está estável. O Paços não teve muitas oportunidades e o Sporting sentiu dificuldades para criá-las. Estamos mais atrasados no processo com bola. Só quando tivermos uma semana mais normal de trabalho é que vamos crescer nisso.
Os jogadores tentam, mas temos andado aqui constantemente a improvisar e por vezes não é fácil para assimilarem as coisas desta forma. Falta tempo e trabalho com bola. Em organização defensiva, dificilmente estamos expostos e pressionamos em todo o campo.
A equipa está triste e frustrada. Queríamos ter vencido e esse era um objetivo dentro do objetivo principal. Sabíamos que ia ser difícil, mas a presença na Taça da Liga seria a cereja no topo do bolo. Não aconteceu e há que trabalhar para nos levantarmos”.
– Pepa (treinador do Paços de Ferreira): “Com a linha de três do Moreirense tivemos alguma dificuldade, porque era praticamente impossível estarmos constantemente a marcar a bola. Enquanto eles tinham a largura foi difícil controlar o jogo.
Quando aproximaram o Fábio Pacheco dos médios, as nossas referências de pressão foram mais simples. Na primeira parte não conseguimos ser iguais a nós próprios, sobretudo por erros técnicos, até porque a relva prejudicava um pouco a nossa saída.
Tenho de realçar o fato-macaco que vestimos, a nossa entreajuda e o espírito de sacrifício de todos. Começámos com um meio-campo que não era muito alto nem forte fisicamente, mas que compensam com inteligência tática e disponibilidade.
Quero recordar o nosso grande mestre Vítor Oliveira, por tudo aquilo que representava, representa e vai continuar a representar enquanto referência do futebol, como homem e como treinador. A primeira e a última subida do Paços de Ferreira foi com ele.
Escreveu duas páginas muitas bonitas na história do clube e queríamos reforçá-la hoje carimbando o apuramento para a Taça da Liga e também escrevendo o nosso nome pelo Vítor Oliveira. É uma pessoa que me diz muito pessoalmente e a quem convivia com ele.
[Elogios de Stephen Eustáquio] É bonito e gratificante receber elogios de quem trabalha connosco. Acima de tudo, temos de estar satisfeitos com os atletas à disposição. Essas palavras elogiosas vêm de alguém que é um monstro e um treinador dentro de campo.
As aspirações europeias passam-nos completamente ao lado. Somos realistas e não nos devemos desfocar do nosso grande objetivo. Queremos valorizar jogadores e ter este prazer dentro de campo. Queremos estar na parte de cima, mas jogo a jogo”.