O primeiro-ministro defendeu hoje a segurança como um “bem económico” e “fator fundamental” para a competitividade do país, salientando que deve ser preservada e que Portugal não ficar sentado à espera da “manutenção eterna” daquele ativo.
“A segurança é prioritária, é prioritária para a vida das pessoas, para a garantia dos direitos das pessoas, das liberdades das pessoas, é um bem económico fundamental, é um fator fundamental na competitividade”, afirmou Luis Montenegro, esta manhã, no Porto, numa conferência do jornal ‘online’ ECO.
Segundo o líder do Governo, Portugal é um “país seguro” e “os portugueses exigem que isto não seja apenas uma proclamação”, alertando para o perigo de se esperar passivamente a “sua manutenção eterna”.
“Nós temos que preservar a nossa ‘performance’ em termos de segurança. Temos que preservar que as pessoas se sintam bem, tranquilas, temos que preservar para sermos do ponto de vista da competitividade internacional mais atrativos do que os outros”, defendeu.
Questionado sobre se estava arrependido da conferência de imprensa na qual falou do tema da segurança e do resultado de várias operações policiais, Luis Montenegro acabou por agradecer o debate que se fez em torno do tema: “A minha convicção é que o debate que se fez no mundo mais mediatizado, mais naquilo que se vive muito da bolha da comunicação social, está totalmente desfasado daquilo que as pessoas pensam (…) e eu não falo para os senhores jornalistas ou comentadores, por muito respeito que tenha por eles, eu falo para as pessoas, para os cidadãos que estão em casa”.
E continuou: “E, desse ponto de vista, até agradeço muito o empolamento que fizeram das minhas declarações porque se o meu objetivo era que as pessoas compreendessem aquilo que eu queria dizer ajudaram bastante com a possibilidade de as pessoas despertarem para algum complemento da nossa mensagem que tivesse ficado menos clara”.
Num discurso marcado pelo tema da segurança, Luis Montenegro lembrou que países como a Suécia ou a Bélgica já foram apontados como países seguros e que essa circunstância se alterou e que isso teve consequências.
“É preciso, obviamente, travar qualquer fenómeno de aumento de criminalidade que possa pôr em causa este valor. Porque há países que há alguns anos eram tão seguros como nós e hoje não são”, disse.