Milhares de jovens protestam nas ruas de Lisboa em defesa do planeta

Protestos pelo clima
Milhares de jovens protestam nas ruas de lisboa em defesa do planeta
Foto Arquivo (O MINHO)

Milhares de ativistas, na maioria jovens, estão a protestar nas ruas de Lisboa para exigir medidas do governo que protejam o planeta, sublinhando que já se sabe quais são “as soluções, mas faltam as ações”.

Os manifestantes em Lisboa associam-se a mais uma Greve Climática Global em defesa do planeta, que se está a realizar em cidades de todo o mundo.

São quase todos jovens e vêm de escolas, desde o ensino básico ao superior, mas também há ativistas mais velhos, como Deolinda Peralta.

Aos 67 anos, Deolinda voltou a trocar o conforto de sua casa pelas ruas de Lisboa para exigir medidas, trazendo nas costas um gigantesco pano branco com uma mensagem: “Temos as soluções. Faltam as ações”.

A mensagem não é de sua autoria. “Foi na escola da minha neta que inventaram”, contou à Lusa, lamentando que a neta, aluna do 8.º ano, não tenha participado no protesto de hoje.

“As escolas deviam estar na linha da frente, mas não estão. São alguns alunos que se colocam à frente das escolas. Mas muitos têm medo de faltar as aulas”, disse, considerando que o problema que hoje se discute nas ruas é muito mais importante que qualquer aula de aritmética.

A manifestação de hoje é a quarta que se realiza em Portugal e é a que tem menos participantes em Lisboa.

Mas para a organização esse não parece ser um problema. Beatriz Farelo, uma jovem de 20 anos que está a fazer Erasmus na República Checa, esteve a organizar do protesto de hoje por videochamada. Antecipou a viagem de regresso a casa para poder estar presente e contou à Lusa que a grande missão de hoje é conseguir mobilizar gente para a Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP25), que começa na segunda-feira em Madrid.

No entanto deixou o apelo: “Não fiquem em casa!”.

Quem nunca falha são os movimentos ambientalistas. A Lusa falou com ativistas do movimento A TERRA, que nasceu no ano passado para contestar a construção do aeroporto do Montijo.

Foi precisamente nessa altura que a ambientalista Anne Faucnet trocou França por Portugal. Desde então vive em Lisboa e participa em todos os protestos.

Hoje não foi exceção e trouxe Yaku, o seu “cão ativista”. Ambos traziam uma t-shirt com um avião e um sinal de proibido por cima. Anne diz que irá sair à rua todas as vezes que forem precisas até saber que conseguiram passar a sua mensagem: Não à construção de um novo aeroporto e à destruição da biodiversidade.

Os manifestantes vão terminar o protesto em frente ao parlamento.

 
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