Mesquita Machado recorre para o Constitucional da pena de 3 anos de prisão suspensa

Caso das Convertidas
Mesquita machado recorre para o constitucional da pena de 3 anos de prisão suspensa

O ex-presidente da Câmara de Braga, Mesquita Machado, que foi condenado, em 2018, a três anos de prisão, com pena suspensa, por participação económica em negócio, no chamado caso das Convertidas, recorreu da condenação para o Tribunal Constitucional. Interposto há alguns meses, o recurso encontra-se à espera de decisão.

A iniciativa segue-se à confirmação, em 2021, pelo Tribunal da Relação de Guimarães, da condenação do ex-autarca no Tribunal de Braga, o qual lhe aplicou, ainda, uma multa de 1760 euros.

A multa, correspondente a 80 dias a 22 euros por dia, foi-lhe aplicada na sequência de uma decisão nesse sentido do Tribunal da Relação de Guimarães.

Apesar de se estar perante o que em linguagem jurídica se chama uma ‘dupla conforme’, ou seja, um acórdão de um tribunal de primeira instância confirmado por um tribunal superior (que, em princípio, não tem recurso), o ex-autarca entendeu que devia recorrer, para tentar comprovar a sua inocência no caso, algo que sempre reclamou.
Invocando direitos constitucionais.

O ex-presidente socialista, que está reformado, ficou, no entanto, livre de qualquer outro processo judicial, já que foi absolvido, juntamente com o empresário António Salvador, no caso do aumento dos lugares de estacionamento, feito em 2103 à concessionária, a Britalar.

Foi, também, arquivado o inquérito em que era arguido acerca do prolongamento do túnel da Avenida, obra que também envolveu a mesma construtora. Ou seja, Mesquita Machado não corre risco de prisão.

Julgado com os vereadores

O antigo ‘dinossauro’ foi julgado, com mais cinco ex-vereadores socialistas (todos absolvidos), por causa do chamado negócio das Convertidas, realizado no mandato autárquico 2009/2013.

O assunto prende-se com a decisão municipal de maio de 2013 de adquirir os três imóveis, os quais seriam alvo de uma operação de reabilitação que envolveria o antigo Convento das Convertidas, na Avenida Central, que seria transformada em Pousada da Juventude. O Convento pertence ao Ministério da Administração Interna e nunca foi cedido ao Município para ser pousada. Nem havia fundos comunitários para o efeito.

A compra foi feita a uma empresa, a CCR II, que pertencera – a 50 por cento – ao genro, até uns dias antes da votação da operação em reunião de Câmara.

Tribunal julga filha e genro

Entretanto, o Tribunal local adiou, há dias, o julgamento de quatro empresários, entre eles a filha e o genro do ex-presidente da Câmara de Braga, Mesquita Machado, acusados de participação económica no negócio da compra camarária, em 2012, de três edifícios anexos ao Convento das Convertidas.

Na contestação à acusação, e conforme o O MINHO noticiou, o casal, Ana Catarina e José Pedro Sampaio Castro, nega ter praticado o crime e diz que, na compra pela Câmara dos três prédios – que não se chegou a concretizar – “não foi lesado nenhum interesse patrimonial da Autarquia que não perdeu nem um euro”.

Garantem que a acusação não lhes aponta nenhum facto concreto, baseando-se em suposições.

 
Total
0
Shares
Artigo Anterior
Easyjet anuncia mais três novas rotas no porto

EasyJet anuncia mais três novas rotas no Porto

Próximo Artigo
Teste negativo deixa de ser obrigatório nas fronteiras para quem tem certificado

Teste negativo deixa de ser obrigatório nas fronteiras para quem tem certificado

Artigos Relacionados