Mentor do “camião do fraque” julgado por alegadas injúrias a empresário

Mentor do “camião do fraque” julgado por alegadas injúrias a empresário
O empreiteiro Domingos Correia à saída do Tribunal de Braga. Foto: O MINHO

O mentor do “camião do fraque” está a ser julgado por alegadas injúrias à empresa O Feliz, bem como ao seu administrador, António Feliz, que se queixa ter sido insultado pelo seu então amigo, Domingos Correia, devido a uma subempreitada que não teria corrido bem.

A frase atribuída pelo administrador da metalomecânica O Feliz como tendo sido proferida por Domingos Correia foi que “vós estais habituados a roubar”, tendo tudo decorrido num dia de aniversário de António Feliz, a 26 de novembro de 2015, através de um telefonema.

Por isso António Feliz moveu um processo criminal a Domingos Correia, empreiteiro que ficou célebre quando colocou um camião e uma carrinha no encalço de António Salvador, o que foi judicialmente proibido de repetir, tendo acatado a decisão do Tribunal de Braga.

Mentor do “camião do fraque” julgado por alegadas injúrias a empresário
O empresário queixoso, António Feliz, da Metalomecânica O Feliz, de Braga. Foto: O MINHO

Neste caso, julgado sexta-feira à tarde, no Palácio da Justiça de Braga, Domingos Correia negou terminantemente as acusações de ofensa a organismo – a O Feliz – Metalomecânica SA – e de injúria – a António Feliz Pinto Lopes da Cruz – que para o Ministério Público terá ficado provado durante a audiência, pedindo a condenação do empresário bracarense.

Segundo Domingos Correia, a expressão que utilizou no telefonema para António Feliz, foi “vamos resolver noutras instâncias, as devidas, no local certo”, as desinteligências que ambos tinham, devido a uma subempreitada que segundo Correia, não terá sido acabada por Feliz, a construção de um pórtico, em Vila Franca de Xira, mas o que este desmentiu.

A juíza Maria do Rosário Lourenço tentou um acordo entre ambos os empresários, mas o empreiteiro Domingos Ferreira Correia, de 41 anos, recusou sempre pedir desculpas, pois na sua versão “nada fiz que justificasse agora a pedir desculpas, eu nunca tive essa frase”.

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O empresário António Feliz sentiu-se “humilhado” com a frase. Foto: O MINHO

António Feliz ofendido

Nas alegações finais, a advogada Eugénia Soares, em representação de António Feliz, deverá existir uma condenação para Domingos Correia, tal como preconiza o Ministério Público e porque no seu entendimento terá sido proferida pelo telefone a frase em causa.

Já a advogada Rita Fernandes Silva, defensora de Domingos Ferreira Correia, pediu ao Tribunal Criminal de Braga a absolvição do empresário, a quem é pedida igualmente uma indemnização cível de 1.500 euros, mas que António Feliz afirma não pretender, “pois a haver condenação esse mesmo dinheiro irá para uma instituição de solidariedade social”.

António Feliz refere que com o telefonema de Domingos Correia, que considera ter sido uma “ignóbil expressão”, sentiu-se “humilhado, envergonhado e ofendido na sua honra, dignidade e consideração social, pondo em causa a imagem, seriedade e prestígio social”.

Segundo o responsável da metalomecânica O Feliz, “fiquei logo muito ofendido, depois de trabalhar de uma forma justa, quase aos 60 anos de idade, mexer assim comigo, no dia do meu aniversário, isto não se faz, foi a primeira vez que processei criminalmente alguém em Tribunal, pois às vezes a empresa até perde algum dinheiro para honrar a sua palavra perante os seus clientes, por isso a empresa também não merecia ser tratada desta forma”.

 
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