O grupo português Hoti Hoteis, que gere a marca Meliá, anunciou que o novo hotel de Viana do Castelo, está “já em obra, com as fundações”.
Segundo declara à Lusa o presidente e fundador do Hoti Hoteis, Manuel Proença, a unidade de Viana do Castelo, com a aquisição do terreno, terá um custo na ordem dos 18 milhões de euros.
Com 130 quartos, o hotel está em carteira desde 2019, mas foi adiado devido à pandemia de covid-19 e a “uma série de contratempos”.
Segue-se a construção de uma unidade hoteleira em “Famalicão, com terreno já adquirido”, e hotéis também em Coimbra, Porto e outras cidades, porque “o crescimento tem que ser contínuo”, mesmo perante entraves como “os tempos da justiça portuguesa – que são um exagero”, diz.
“Um problema muito sério que o país continua sem resolver e que atrasa e impede o investimento é o facto de não haver prazos para a justiça”, esclarece Manuel Proença, referindo como exemplo o projeto do hotel previsto para o Largo do Rato, em Lisboa, que “está parado há oito anos devido a uma providência cautelar”, num diferendo entre Procuradoria Geral da República e câmara municipal.
“São milhões de euros que ficam parados indefinidamente e que não se podem realocar a outros projetos nem rendem juros”, diz o empresário. “As empresas estrangeiras não compram nada cá com receio de ficar sujeitas a isto e o Estado Português continua sem reformar a justiça, como se não percebesse que estas falhas são um grande constrangimento para os investidores e uma ameaça ao progresso geral”, conclui.