Os candidatos do Movimento Alternativa Socialista (MAS) pelos círculos eleitorais de Braga e Lisboa reivindicaram, na segunda-feira, uma maior atenção às questões dos estudantes, como o preço das propinas ou a falta de alojamento.
Em campanha, junto à Universidade do Minho ,Renata Cambra, cabeça de lista por Lisboa, e também estudante de Mestrado, assinalou a importância de aproximar os jovens ao ensino superior, apontando problemas ao preço das propinas, ao processo de Bolonha, à Universidade-Fundação e à especulação financeira.
De acordo com a candidata, estes problemas “transformaram o ensino superior e a habitação jovem num negócio lucrativo, mantendo ciclos de pobreza e desigualdade, sobretudo entre mulheres, negros e imigrantes”.
“Por outro lado, a esquerda tem aclamado como vitória a descida do valor da propina, mas esconde que esta só se deu nas licenciaturas. Para interromper os ciclos de pobreza e desigualdade, há que defender a Educação pública, acabar com as propinas e criar arrendamento público e acessível para os jovens”, referiu Renata Cambra.
Semana com quatro dias de trabalho
A comitiva do MAS esteve ainda na Bosch, em Braga, com Vasco Santos a defender a implementação de quatro dias de trabalho semanal, assim como o aumento geral dos salários. Essas ações são, de resto, uma “prioridade” para este partido.
O candidato por Braga sublinhou que “as novas tecnologias têm de estar ao serviço de uma sociedade mais digna, em que todos tenhamos tempo para viver”.
E prosseguiu: “Não podem estar ao serviço da destruição do emprego e do aumento da exploração da força de trabalho. Perante o tamanho desenvolvimento tecnológico do último século, está na altura de modernizar a nossa jornada de trabalho”.
Vasco Santos considera que “esta será ainda a melhor forma de combater o desemprego crónico das nossas sociedades: trabalhar menos para trabalharmos todos.
Deu ainda o exemplo da Islândia que “já testou com um sucesso esmagador a semana de 4 dias de trabalho”, salientando que “em Espanha, Alemanha, Japão ou Nova Zelândia esta mudança está a ganhar força”.
“Avancemos com a semana de trabalho de 4 dias para atingir o pleno emprego”, concluiu.
As eleições legislativas estão marcadas para 30 de janeiro.