O Presidente da República esteve esta sexta-feira de manhã de visita ao Hospital de Braga e falou sobre a evolução das infecções de covid-19 em Portugal. Marcelo Rebelo de Sousa não quis dramatizar, mas abriu a porta à aplicação de medidas mais restritivas a partir de 15 de outubro. Além de dar como exemplo o “uso de máscara na circulação na via pública em pontos de maior cruzamento de pessoas”, ainda disse: “Se é preciso repensar o Natal em família, repensa-se o Natal. Não pode ser um Natal com 100, 60, 50 ou 30 pessoas, divide-se o Natal pelas várias componentes da família”.
“Estamos já num período só comparável na gravidade na pandemia aquele que foi vivido no início da Primavera. Isso significa que é um período muito grave”, afirmou o chefe de Estado.
Marcelo Rebelo de Sousa diz que era esperado que o número diário de casos ultrapasse o milhar, como aconteceu na quinta-feira, e é preciso enfrentar a situação, implementar medidas e respeitar as regras de segurança sanitária.
“Teremos de conviver com isso. Implica por um lado tomar medidas, e como sabem, terminando a situação de contingência no dia 15, já foi anunciado que o Governo vai reapreciar a situação e as medidas a adotar para depois de 15 de outubro em função dos números dos próximos dias e possível previsão duas semanas seguintes.”
“É preciso que as pessoas percebam que isto é uma tarefa de todos e essa tarefa de todos significa cada qual por si fazer um esforço”, apela o Presidente da República.
Marcelo Rebelo de Sousa diz que esse “esforço” pode ser utilizar máscara em espaços públicos mais movimentados ou repensar o Natal em família.
“Se é preciso repensar o Natal em família, repensa-se o Natal em família. Não pode ser um Natal com 100, 60, 50 ou 30 pessoas, divide-se o Natal pelas várias componentes da família. É preciso repensar programas que se tem com os amigos ou convivência social, é preciso ter precaução adicional. Neste período de pico que estamos a viver, vamos fazer esse esforço.”
O Presidente considera que “as pessoas têm um papel fundamental” no combate à pandemia, têm que cumprir, não basta tornar obrigatório.