A aldeia de Aceredo, em Lóbios, Ourense, é por estes dias um ponto de atração turístico para portugueses e espanhóis, depois de o nível da albufeira do rio Lima, onde se encontrava submersa, ter descido o suficiente para deixar os edifícios à vista.
Conforme noticiou O MINHO, a isto deve-se o facto de a albufeira da barragem do Alto Lindoso, dividida entre as duas fronteiras, estar com menos de 30% da capacidade de armazenamento, conforme explicou ao nosso jornal a EDP, que gere a central hidroelétrica.
Através das redes sociais, várias pessoas têm deixado o registo da passagem pelo local, mostrando a aldeia fantasma. Também a imprensa espanhola acompanhou o regresso da aldeia, mostrando alguns antigos habitantes em manifestações de pesar, quando deixavam flores no antigo cemitério.
Alguns dos jornais espanhóis, como é o caso do El Region ou da própria Agência Efe, apelidam a aldeia de “Atlântida” galega. Apesar de ser um momento de intriga, e até de atração turística, a descida das águas pode tornar-se um problema caso não chova no inverno aquilo que costuma chover. Ou seja, caso não existam os níveis normais de precipitação, a albufeira pode não voltar a encher este ano, deixando a ‘atlântida’ de Lóbios à mostra durante mais alguns meses.
Porém, de acordo com a EDP, contactada pelo nosso jornal, é esperado o regresso dos níveis à normalidade, provavelmente em novembro e dezembro, quando poderá chover com maior frequência. Para já, e de acordo com as previsões dos diferentes modelos meteorológicos, não parece haver sinal de chuva à vista até final do mês de outubro.
A aldeia de Aceredo foi submersa em 1992 para a construção do grande projeto da barragem hidroelétrica do Alto Lindoso, localizada em Lindoso, no concelho de Ponte da Barca.