Mais de 2.500 empresas fecharam portas no distrito de Braga entre o primeiro trimestre de 2017 e o período homólogo de 2021, foi hoje divulgado.
A conclusão é de um estudo da InfotrustGo, a “maior empresa 100% portuguesa” fornecedora de soluções de informação para negócios, que procurou entender a evolução da dinâmica empresarial em Portugal.
Esta análise demonstra que, no distrito de Braga, encerraram 2.599 empresas entre o período acima citado, ficando o distrito em terceiro a nível nacional, apenas suplantado por Lisboa (12.951) e Porto (4.821).
A empresa considera que o número de empresas encerradas estava em tendência decrescente até ao ano de 2020, associando os efeitos provocados pela covid-19 como explicação para a quase duplicação do número de encerramentos no distrito entre o primeiro trimestre do ano passado (385) e o período homólogo do presente ano (686).
A nível concelhio, Braga (726), Guimarães (546) e Famalicão (335) foram as que registaram mais encerramentos. Os setores de atividade mais afetados no período supramencionado, foram as Indústrias Transformadoras (480), os Serviços (458) e o Comércio a Retalho (442).
Insolvências em Braga crescem desde 2018
Nos últimos cinco anos, o distrito minhoto tem observado um crescimento no número de empresas que, por decisão do tribunal, estão incapazes de cumprir as suas obrigações. Embora tenha havido uma descida das insolvências entre o 1.º trimestre de 2017 e 2018 (76 e 70, respetivamente), o período homólogo dos anos seguintes registou cada vez mais empresas insolventes.
Criação de empresas em Braga cai 32% em dois anos
De acordo com o estudo, entre o 1.º trimestre de 2017 e o mesmo período de 2019, o nascimento de novas empresas seguia uma tendência de crescimento. No entanto, ainda antes da pandemia chegar a Portugal, o distrito de Braga já registava uma queda acentuada no número de novas empresas (apenas 878 entre janeiro e março de 2020). Entre 2019 e 2021 nasceram menos 388 empresas (uma descida de 32%).
Nos últimos dois anos, os setores de atividade que registaram o maior número de novas empresas foram os Serviços (240), a Construção (109) e o Comércio a Retalho (103). No sentido inverso, as Indústrias Extrativas, a Administração Pública e a Eletricidade, Gás e Água não apresentaram qualquer novo registo entre o 1.º trimestre de 2019 e o mesmo período de 2021.
O Observatório Infotrust analisa informação relativa a sociedades empresariais e outras entidades ativas, com sede em Portugal, com as naturezas Jurídicas de Sociedades Anónimas, Sociedades por Quotas, Sociedades Unipessoais, Entidades Públicas, Associações, Cooperativas e outras Sociedades. Não fazem parte desta análise os empresários em nome individual.
Todas as entidades foram atualizadas com o CAE (Classificação Atividade Económica) Rev3., tendo sido também classificadas através da localização da sua sede, representando os 22 distritos de Portugal.
Os setores de atividade são um agrupamento criado pela Infotrust, com base na tabela de CAE.