Livre acha “estranho” que conduta que poluiu rio Este em Braga seja tão “vulnerável”

Eleições autárquicas

O Livre considera “bastante estranho” que a conduta cuja obstrução terá levado, segundo a AGERE, à descarga poluente que matou centenas de peixes, no rio Este, em Braga, seja tão “vulnerável a criminosos despejos acidentais e/ou a atos de sabotagem deliberados”.

“O Livre considera que estas gravíssimas situações deverão ser rapidamente esclarecidas pelo atual executivo camarário, pela BRAVAL, pela AGERE e pelas autoridades competentes na averiguação do sucedido”, defende a candidata à Câmara de Braga, Teresa Mota.

A candidata lembra ainda que a BRAVAL possui uma ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) própria para tratamento de lixiviado pelo que “é necessário saber se o funcionamento da mesma não acautela a possibilidade de ocorrência deste tipo de problemas”.

Teresa Mota atribui responsabilidades ao atual executivo camarário nas questões relativas à poluição do Rio Este, “uma vez que a atuação do mesmo se pautou pela falta de proatividade na prevenção, pela dificuldade em assumir as responsabilidades que lhe cabem e ausência de transparência no acompanhamento e resultados dos processos de averiguação de responsabilidades dos infratores e penalizações atribuídas”, considera em comunicado.

Como O MINHO noticiou, uma descarga poluente detetada na quarta-feira à noite matou centenas de peixes no rio Este, em Braga.

A descarga foi provocada pela obstrução de um coletor da AGERE. A empresa municipal fala num “ato criminoso” e adianta que vai apresentar queixa contra terceiros. E “não deixa de estranhar que a mesma situação já foi verificada há 4 anos em igual período pré-eleitoral e nesta mesma zona”.

A GNR, através do SEPNA, descobriu a origem da descarga, levantou auto de notícia à AGERE e comunicou os factos ao Ministério Público.

Em declarações a O MINHO, o vereador do Ambiente, Altino Bessa, considera que esta foi “a descarga mais nociva nos últimos quatro anos”, recordando – tal como a AGERE – a mesma situação ocorrida pouca antes das últimas autárquicas em 2017.

 
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