Lavadouros, tanques de rega e fontanários públicos de Braga em vias de serem restaurados

Primeiro vão ser inventariados

Vai ser elaborado um estudo de caracterização dos lavadouros e tanques de rega e fontanários públicos do concelho de Braga, servindo como ponto de partida para outros desafios, onde se inclui a reabilitação e dinamização destes elementos, tanto em matéria de sustentabilidade, como de coesão local e de valorização patrimonial e cultural, foi hoje anunciado.

Para esse efeito, a AGERE, a Fundação Bracara Augusta, Universidade do Minho e as Juntas de Freguesia do concelho de Braga irão celebrar esta quarta-feira, pelas 17:30, no Salão Nobre do Edifício da Reitoria da UMinho um Protocolo de Colaboração para o “Levantamento, Caracterização, Classificação e Dinamização dos Lavadouros e Tanques de Rega e Fontanários Públicos”.

Em comunicado enviado a O MINHO, a AGERE destaca que os tanques, os fontanários e os lavadouros comunitários, “foram desde sempre lugares de grande importância para a subsistência da população, e representam ainda hoje não apenas o acesso à água, mas o lugar de encontro coletivo de mais do que uma geração, antes da distribuição geral da água ao domicílio”.

“Trata-se de um património que se carateriza pelo engenho técnico hidráulico da captação, condução, e aproveitamento das águas, inúmeras vezes detentor de valor arquitetónico de alguns exemplares, mas acima de tudo, repositório vivo da memória de mais do que uma geração, sobretudo, quando serviam para lavar das roupas, toalhas e os lençóis”, salienta o documento assinado pelo presidente do Conselho de Administração, Rui Morais.

Para a AGERE, “o valor da água, e a sustentabilidade na gestão dos recursos naturais disponíveis evoca a necessidade de revisitar os tanques, os fontanários e os lavadouros comunitários que podem, e devem ser reativados como suporte à realização de algumas das atividades domésticas para os quais foram concebidos, como elementos de valorização cultural e identitária, bem como fator de poupança do consumo da água e de proteção e valorização do ambiente”.

“Este deve ser perpetuado prevendo a sua reabilitação e dinamização, constituindo o objeto inicial de dinamização cultural à escala da freguesia”, salienta a empresa municipal.

O estudo será “também uma oportunidade de melhor conhecer os recursos hídricos existentes (superficiais e subterrâneos) a uma escala mais detalhada, e avaliar novas possibilidades de disponibilizá-los às pessoas, não só como suporte da maior parte dos objetivos do desenvolvimento sustentável, mas também como forma de aumentar a resiliência associada às alterações climáticas que tem vindo demonstrar estar na origem de grandes alterações na disponibilidade da água”.

 
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