Esta segunda-feira foi lançada a primeira pedra da nova unidade industrial em Viana do Castelo da BorgWarner, grupo norte-americano especialista na produção de componentes para a indústria automóvel, que será executada pela empresa Garcia Garcia, construtora de Guimarães. É um investimento de 25 milhões de euros que criará mais de 300 novos postos de trabalho.
A nova fábrica da Borgwarner, a ser construída no Parque Empresarial de Lanheses, terá uma localização próxima à unidade do grupo já existente no mesmo parque. Será um edifício industrial com cerca de 17 mil metros quadrados, concebido para obtenção da certificação LEED, um certificado internacional que avalia a sustentabilidade dos edifícios desde o design à manutenção, passando pela construção e operação.
Estive hoje em Viana do Castelo para o lançamento da nova unidade industrial da @BorgWarner para a produção de motores elétricos e híbridos para automóveis. Um #investimento verde e de futuro que ascende a 90 milhões de euros e que prevê a criação de 350 postos de trabalho. pic.twitter.com/BSdE6Ck5sO
— António Costa (@antoniocostapm) October 11, 2021
A conclusão da empreitada está prevista para 2022 e permitirá criar cerca de 300 novos postos de trabalho na região.
A cerimónia de lançamento da primeira pedra, que assinala o início dos trabalhos, decorre hoje, contando com a presença do primeiro-ministro, António Costa, do presidente cessante da Câmara Municipal de Viana do Castelo, José Maria Costa, e de Luís Nobre, eleito em setembro, assim como dos responsáveis da BorgWarner.
Em 2014, a BorgWarner ja confiara à construtora vimaranense o projeto e construção do seu complexo industrial em Viana do Castelo, assinalando um marco para a região. O projeto, na altura reconhecido como de Potencial Interesse Nacional (PIN), permitiu à multinacional norte-americana aumentar a sua capacidade e flexibilidade produtiva em Portugal.
O Grupo BorgWarner é líder mundial em soluções de tecnologia limpa e eficiente para veículos de combustão, híbridos e elétricos.
Este é o terceiro investimento da multinacional americana na capital do Alto Minho onde já emprega cerca de mil trabalhadores.
Em julho, a Câmara de Viana do Castelo decidiu isentar a Borgwarbner do pagamento do Imposto Municipal Sobre Transações Onerosas de Imóveis (IMT) pela aquisição, à empresa Enerconpor-Energias Renováveis de Portuga de uma parcela de terreno, com 78 mil metros quarados, no parque empresarial de Lanheses, pelo valor de 4,3 milhões de euros.
A isenção do IMT pela transmissão do direito de propriedade do terreno orçou em 279.500 euros.
O projeto da terceira fábrica da BorgWarner em Viana do Castelo foi apresentada em abril. A unidade, já em construção, vai começar a produzir motores elétricos para o setor automóvel em 2023.
Na altura, o gerente em Portugal, Ricardo Moreira, explicou que o novo investimento resulta da aposta na transição energética, estimando que em 2030 “45% do negócio da BorgWarner estará centrado na produção de motores elétricos”.
O responsável adiantou que “a nova fábrica será a terceira na Europa deste setor de negócio e irá produzir motores elétricos para clientes europeus do grupo”.
Atualmente, em Viana do Castelo a Borgwarner tem um volume de negócios de 170 milhões de euros, prevendo-se a duplicação deste valor, com o novo investimento”.
A multinacional instalou-se em Portugal em 2004 e na capital do Alto Minho em 2014, num investimento de 25 milhões de euros e na altura estimava criar 500 postos de trabalho.
O grupo é líder mundial de produtos em soluções de tecnologia limpa e eficiência para veículos de combustão, híbridos e elétricos. Com fábricas e instalações técnicas em 96 localizações em 24 países, a empresa emprega cerca de 50.000 pessoas.
Tem um volume de faturação anual de 10 milhões de dólares, sendo que “um terço do seu negócio está instalado na Europa”.