O Tribunal de Braga acaba de revogar o regime de prisão preventiva em que estava um homem de 27 anos, que está a ser julgado por, em 12 de março de 2021, ter incendiado um carro e vandalizado seis outros no parque de estacionamento da Decathlon, em Braga, e ter quebrado nove vidros no Tribunal e em duas lojas.
O coletivo de juízes teve em conta que Daniel Coelho confessou os crimes e mostrou-se arrependido, além de ter pago ou chegado a acordo com os lesados, a Decathlon a Guérin e o próprio Tribunal, para os ressarcir dos prejuízos causados.
A isto acresce que, o arguido está a ser medicado a um distúrbio de tipo comportamental, tendo vindo a seguir o tratamento e encontrando-se clinicamente “estabilizado”. Os atos cometidos seriam, por isso, um ato isolado.
Foi pedido que se faça justiça
Nas alegações finais do julgamento, quer o Ministério Público quer a defesa pediram que se fizesse justiça, tendo em conta os factos, mas também o arrependimento do arguido. O acórdão final ficou marcado para novembro.
Em audiência, o Daniel admitiu as cenas de vandalismo, que acabaram, na noite daquele dia, quando a PSP o deteve em flagrante a furtar uma residência.
Antes, tinha incendiado um dos carros da empresa Guérin que estavam no parque da superfície comercial, que ardeu completamente, tendo os restantes veículos ficado com os vidros e retrovisores partidos e as portas estroncadas. Quatro deles pertenciam à empresa de aluguer Guérin, sendo os restantes de moradores. À tarde, partiu vidros no Tribunal e na loja da imobiliária ERA, também na Praça da Justiça, e na Funerária Santo Adrião.