Jovem que esfaqueou outros dois na cabeça com navalha obrigado a sair de Braga

Rixa nas Enguardas

O jovem de 22 anos suspeito de ter esfaqueado com uma navalha outros dois jovens, estes irmãos, ao final da tarde de quarta-feira, num bairro de Braga, comprometeu-se com o Tribunal de Guimarães em abandonar a residência onde vivia há uns meses, no Bairro das Enguardas. Terá agora de residir num local “desconhecido”, de forma a evitar possíveis retaliações pela ocorrência de ontem.

O alegado agressor foi presente ao Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Ministério Público de Guimarães, cuja procuradora da República referiu “não estarem esclarecidas todas as circunstâncias da situação”, que culminou com um dos dois irmãos a ter de sofrer intervenção cirúrgica de emergência depois de ter sofrido golpes profundos na cabeça. Ambos deslocaram-se para o Hospital de Braga, ontem ao final da tarde, transportados por familiares.

O agressor terá justificado o ato como legítima defesa, durante uma rixa que o opôs contra os dois irmãos e um terceiro elemento, que acabou por fugir antes de ser esfaqueado. Queixa-se de, também ele, ter sido alvo de agressões. Não foi sequer ao juiz de instrução criminal, mantendo apenas a medida de coação mais leve e aliás obrigatória para qualquer arguido e por isso já aplicada pela PJ de Braga, o mero termo de identidade e residência.

Já os rivais, dois irmãos, foram golpeados com a navalha na cabeça. Um deles, de 17 anos, e que terá sofrido um esfaqueamento profundo, já foi alvo de intervenção cirúrgica de emergência e encontra-se em recuperação. O outro irmão, de 20, igualmente golpeado na cabeça, acabou por sofrer ferimentos de menor profundidade, na zona da testa, acabando por ter alta poucas horas depois de chegar ao Hospital de Braga.

À saída do Palácio da Justiça de Guimarães, o advogado Pedro Miguel Carvalho, defensor do jovem bracarense suspeito das navalhadas, disse a O MINHO que “a decisão de restituir o meu constituinte à liberdade foi correta e foi uma demonstração da qualidade da justiça que se exige, uma vez que é preciso primeiro investigar e só depois prender se for o caso e não, como muitas vezes acontece em Portugal, prender e depois investigar”.

 
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