Raquel Gaião Silva, estudante do Mestrado de Biodiversidade e Conservação Marinha, na Universidade do Algarve, é uma das duas vencedoras do Prémio Jovens Investigadores, da Global Biodiversity Information Facility (GBIF), rede internacional e infraestrutura de investigação apoiada por vários governos, cuja missão é “oferecer acesso a informação sobre todos os tipos de vida na Terra”.
A jovem de 23 anos, natural de Viana do Castelo, é a primeira portuguesa a vencer este importante prémio, como destaca aquela organização, em nota divulgada esta quarta-feira.
O estudo apresentado por Raquel Gaião Silva analisa o impacto da subida das temperaturas na distribuição de macroalgas ao largo das costas atlânticas de Portugal e Espanha, que vai do Golfo da Biscaia até o Estreito de Gibraltar.
A investigação foi levada a cabo tendo como ponto de partida os dados disponibilizados pela organização e por outras fontes. As conclusões são apresentadas no site da organização.
A investigadora portuguesa foi selecionada de um conjunto de 14 candidatos nomeados pelas delegações de onze países que integram a GBIF.
“A Raquel foi a nomeada portuguesa para este prémio, depois da seleção realizada a nível nacional pelo Conselho Científico das Ciências Naturais e do Ambiente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), que verifica a qualidade e elegibilidade das candidaturas nacionais”, explica fonte da delegação portuguesa.
A outra vencedora é uma estudante norte americana, candidata ao doutoramento pelo Instituto de Biodiversidade da Universidade do Kansas, nos Estados Unidos.
“Os resultados das investigações produzidos por Raquel e Kate poderão beneficiar investigadores, tomadores de decisão e residentes costeiros, dentro e fora das áreas de estudo. Além disso, ressalta a importância destes estudos para a conservação da biodiversidade e para a promoção do uso e mobilização dos dados de coleções científicas e de acesso aberto, no mundo todo”, salienta a mesma fonte.