Jogador de Arcos de Valdevez na Polónia: “As pessoas começam a ter medo”

Pedro Tiba joga pelo Lech Poznan

Pedro Tiba, jogador natural de Arcos de Valdevez, ao serviço do Lech Poznan, líder do campeonato da Polónia, contou ao jornal A Bola como tem vivido este período de instabilidade provocado pela guerra no país vizinho, a Ucrânia.

O médio português, 33 anos, ex-SC Braga, apesar de estar em Poznan, na fronteira com a Alemanha, não esconde o impacto da guerra, dado que até a Polónia é um aliado dos ucranianos.

“As pessoas começam a ter um pouco de medo mas, para já, tudo continua normal na Polónia, o dia a dia não se alterou. E mais normais em Poznan, que está do lado oposto à fronteira com a Ucrânia, estamos junto da Alemanha. Sente-se que a sociedade polaca tem verdadeiro medo de ver a Rússia ganhar esta guerra, porque pressente que é a próxima”, explica Pedro Tiba, em declarações àquele jornal desportivo.

A federação de futebol polaca passou a permitir que os jogadores ucranianos deixassem de ocupar vagas de estrangeiros e possam ainda ser inscritos com estatuto de amadores.

“Os adeptos têm cantado muito contra Putin nos estádios, é comum a todo o país. Desfraldam-se bandeiras da Ucrânia pelos estádios e pelas cidades. A cor do nosso estádio tomou as cores da bandeira da Ucrânia”, conclui o futebolista arcuense.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.

 
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