O Rali de Portugal, sexta prova do Mundial da especialidade, vai juntar 89 competidores, numa edição na qual o francês Sebastien Ogier procura alcançar o recorde de seis triunfos e que terá novamente a Exponor, em Matosinhos, como epicentro.
Em 17 de maio, quinta-feira, os pilotos têm o ‘shakedown’ em Paredes, o derradeiro teste para os pilotos e os carros antes da partida oficial em Guimarães, no Campo de São Mamede: o pelotão segue depois para o circuito de Lousada, para a única super especial do rali, no primeiro momento de competição.
Na sexta-feira, destaque para o Alto Minho, com dupla passagem pelos troços de Viana do Castelo, Caminha e Ponte de Lima, todos sem alterações face ao traçado de 2017.
Ao fim do dia decorre o Porto Street Stage, com um percurso renovado: arranca na Sé do Porto, sobe à Estação de São Bento e à Brasileira, antes de entrar na Avenida dos Aliados, virando depois para a Torre dos Clérigos, sendo que a especial, de 1,95 quilómetros, termina em frente ao Tribunal da Relação.
No sábado, os pilotos começam a competição em Vieira do Minho, seguindo para Cabeceiras de Basto, na Serra da Cabreira, e Amarante, para a mais longa especial, de 37,6 quilómetros.
O último dia, a disputar no domingo, decorrerá todo no concelho de Fafe, palco de todos os troços: além da tradicional dupla passagem pela classificativa de Fafe-Lameirinha, a última das quais disputada sob o regime de ‘Power Stage’, os troços de Montim, este ano com duas passagens, e Luílhas voltam a fazer parte integrante do programa.
A cerimónia de pódio volta a ter lugar na Marginal de Matosinhos.
Impacto de 136 milhões de euros
Ao longo de 4 dias serão percorridos mais de 1.500 km que atravessam 13 concelhos ansiosos por acolher os concorrentes e a ‘afición’, num evento que tem um impacto de 136 milhões na economia do território.
O presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal, Melchior Moreira, nem questiona a importância de manter o evento e adianta ser “um privilégio poder acolher um dos ralis fundadores do WRC já considerado por diversas vezes o “Melhor Rally do Mundo” num momento alto para um destino que fechou o ano com o número de dormidas previsto alcançar só em 2020, 7,4 milhões de dormidas”.
Há 3 anos consecutivos que este evento tem apresentado resultados extremamente positivos, seja na captação de público, de visionamento na comunicação social, seja na criação de rendimento para o território da região. Os números que chegam da edição de 2017 mostram que houve um impacto de 136 milhões de euros na economia do território, dos quais 71 milhões de euros de impacto direto (mais 7 milhões de impacto global do que na edição de 2016); quase 1 milhão de adeptos, referindo que de entre os espetadores, 39,1% realizam a primeira visita à Região com o propósito do Rally de Portugal; 92,9% dos adeptos do Rally de Portugal pretendem regressar à Região, incluindo no Inverno (69,2% - diminuição da sazonalidade), assumindo que o Porto e Norte de Portugal prima pela hospitalidade, pela paisagem, pela gastronomia e pelo património e cultura. Em termos de impacto da oferta e procura turística do Destino do Porto e Norte de Portugal, com a realização deste evento, há ainda a destacar o aumento de ganhos económicos no destino, sendo que 58,2% dos ganhos diretos são de mercados externos (exportações de viagens e turismo), de 14 diferentes países de origem.
“Perante esta realidade, continuo a defender que não deve haver hesitação em manter o rali no Norte. As entidades competentes devem dar o seu apoio financeiro para que este evento tenha continuidade”, sublinha Melchior Moreira.
Campeonato do mundo de ralis
O Rali de Portugal também pontua para o WRC Júnior, com 14 inscritos, bem como para o campeonato de Portugal, fazendo regressar Armindo Araújo, vencedor em 2003, 2004 e 2006, quando a prova não recebeu os melhores do mundo, em competição com 17 pilotos.
O finlandês Markku Allen venceu cinco edições (1975, 1977, 1978, 1981 e 1987) e Ogier, atual campeão do mundo, respondeu com vitórias em 2010, 2011, 2013, 2014, 2017, pelo que, de 17 a 20 de maio, mais de um milhão de espetadores verão, ao vivo, o gaulês a tentar fazer história
A tentar contrariar o favoritismo do Ford de Ogier, líder do campeonato, destaca-se a Hyundai, que traz a equipa completa, com destaque para o belga Thierry Neuville, o segundo da geral do campeonato, com a companhia do espanhol Dani Sordo, do neozelandês Hayden Paddon e do norueguês Andreas Mikkelsen.
Nas outras marcas, os destaques vão para a Toyota, que contará com os finlandeses Jari-Matti Latvala e Esappeka Lappi e o estónio Ott Tänak, enquanto a Citroën traz os britânicos Kris Meeke, vencedor da edição de 2016, e Craig Breen e o norueguês Mads Ostberg, que ganhou em 2012.