A presença de material genético do vírus da covid-19 foi detetada em amêijoas apanhadas na costa da Galiza por uma equipa da Universidade de Santiago de Compostela, em Espanha. No entanto, parece não haver risco de contrair a doença caso sejam comidas por humanos.
“Os resultados sugerem um estado não infeccioso do vírus e um alto grau de degração do seu ácido nucleico, o que implica um risco praticamente nulo de apanhar SARS-Cov-2 através do consumo de moluscos”, disse em comunicado o professor Jesús López Romalde, daquela instituição de ensino superior.
“Quando começou a pandemia, descobriu-se que o SARS-CoV-2 podia ser detetado nas fezes, pelo que o material genético do vírus estava presente nas águas residuais. As equipas com as quais trabalhamos neste campo puseram logo em marcha para ver como podíamos ajudar a controlar a expansão da pandemia mediante a análise das águas, com o objetivo de prever surtos na população”, concluiu.
Entre maio e junho de 2020, os investigadores recolheram doze amostras de amêijoas de duas espécies em dois estuários diferentes na costa galega. Desses, foram nove os que revelaram vestígios do vírus, mas nenhuma se mostrou infecciosa.
A investigação sobre o vírus no ambiente marinho prossegue naquela universidade.