A Associação Portuguesa da Indústria do Calçado Componentes Artigos Pele Sucedâneos (APICCAPS) tem identificados mais de duas centenas de postos de trabalho por entre empresas associadas, algumas das quais no concelho de Guimarães.
“São mais de 40 empresas que, desde segunda-feira, manifestaram a intenção de acolher refugiados ucranianos. No essencial, estamos a falar de 250 postos de trabalho”, disse a O MINHO fonte da APICCAPS, nesta quinta-feira, em resposta escrita.
Em comunicado publicado esta semana no site da associação e reenviado hoje a O MINHO, o presidente Luís Onofre considera que “o setor de calçado que, tantas vezes é apontado com um exemplo de competitividade, deve voltar a assumir uma posição de relevo, de grande responsabilidade”.
“Por esse motivo, tomamos a liberdade de, nas últimas horas, abordar o Governo, manifestando a disponibilidade para acolher, nas nossas empresas, refugiados ucranianos”, revela o presidente da APICCAPS.
Contactada por O MINHO, a associação salientou que,as empresas estão situadas “nos grandes polos produtores do setor”, em concelhos como Guimarães, Felgueiras, Gaia, S. Joao Madeira ou Santa Maria da Feira, sem, no entanto, avançar com os nomes.
No mesmo comunicado, é explicado que há “várias questões processuais a serem, desde já, consideradas: o estatuto de refugiado, o acolhimento no nosso país, a integração na segurança social ou mesmo no Serviço Nacional de Saúde”.
Refere a APICCAPS que abordou o Governo nesse sentido e “está já a efetuar um levantamento das oportunidades de emprego no setor”.
“São verdadeiramente difíceis de prever as consequências de um conflito desta natureza. Sabemos porém que não poderemos ficar indiferentes ao que está a ocorrer na Ucrânia e tudo faremos para estar à altura de uma digna resposta humanitária ”, finalizou Luís Onofre.