A região do Minho ficou marcado, na quarta-feira, por diversas ignições de incêndios rurais e isso provocou a degradação da qualidade do ar para “níveis históricos”, como refere o MeteoFreixo.
Como se verifica no gráfico da qualidade do ar nos últimos seis meses, a estação de Freixo, em Ponte de Lima, registou uma concentração de 230 micropartículas (pm 2,5), “muito acima do parâmetro aceitável” (20 micropartículas).
“A concentração destes níveis poluentes foi de tal maneira sentida e observada nas viaturas automóveis com cinzas acumuladas e as roupas expostas com odor a fumo”, nota o clube de meteorologia do Agrupamento de Escolas de Freixo, em nota enviada a O MINHO.
A intensidade e extensão dos incêndios rurais na região Minho nos últimos dias, nomeadamente em Melgaço, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Braga, Terras de Bouro e Vieira do Minho, determinaram uma situação de “risco de saúde acrescido para pessoas com problemas respiratórios”.
“Conjugação de condições meteorológicas adversas”
O MeteoFreixo realça que o número “anormal” de grandes incêndios rurais na região Minho, resultou da “conjugação de condições meteorológicas adversas com vento muito forte, baixa humidade e mais de 30 dias sem precipitação significativa”.
O clube MeteoFreixo foi criado em outubro de 2017 pelo agrupamento de Freixo, em Ponte de Lima e é um dos principais responsáveis pela rede de estações meteorológicas de Arcos de Valdevez e Paredes de Coura, tendo também criado o indíce de risco natural de incêndio e geada, certificado pelo Politécnico de Viana do Castelo, e que é uma importante ferramenta para prevenir incêndios.
Com duas estações meteorológicas (analógica e digital), o clube partilha os dados que recolhe com os Bombeiros de Ponte Lima, a GNR de Freixo e o com a Proteção Civil, através do Comando Sub-regional do Alto Minho.