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18 anos de cadeia para homem que matou mulher em café de Guimarães
Homicídio
em

O Tribunal Judicial de Guimarães condenou hoje a 18 anos de prisão um homem de 53 anos que em abril de 2019 matou uma mulher e feriu mais três pessoas num café em Fermentões, naquele concelho.
Segundo o tribunal, os crimes foram praticados com recurso a um “instrumento cortoperfurante”, não concretamente identificado.
O arguido foi condenado por um crime de homicídio simples, um crime de homicídio qualificado na forma tentada e dois crimes de ofensa à integridade física simples.
Terá ainda de pagar indemnizações no valor total de cerca de 250 mil euros por danos patrimoniais e não patrimoniais.
Os factos remontam a 20 de abril do ano passado, cerca das 22:00, quando as vítimas estavam a confraternizar no exterior de um café e uma delas começou a cantarolar uma música com o refrão “maluco, maluco, maluco”.
O arguido, que se encontrava dentro do café, achou que o estavam a gozar, pegou num instrumento cortoperfurante e desferiu “vários golpes com força” no jovem que estava a cantar.
As outras três vítimas, incluindo a mãe do jovem, acudiram para tentar parar as agressões, mas também acabaram por ser atingidas com vários golpes.

Foto: DR
A mãe do jovem, de 46 anos, pôs-se à frente do arguido para evitar que o filho continuasse a ser atingido e foi novamente golpeada.
Foi transportada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
O filho só não morreu por ter sido prontamente assistido no hospital.
As outras duas sofreram lesões que lhes determinaram vários dias de doença.
Em tribunal, o arguido alegou que aquela era a terceira vez em que tinha sido humilhado e vexado naquele dia e que, por isso, teve um acesso de raiva e de descontrolo emocional.
O coletivo de juízes sublinhou a “personalidade perturbada e perigosa” do arguido e a sua tendência para uma reação rápida e não planeada, “com risco de violência elevado”.
Disse ainda que apresenta sintomas de personalidade paranoide e que nos últimos anos vinha apresentando “maior instabilidade emocional”.
Aludiu ainda ao “discurso de desresponsabilização” que o arguido teve em tribunal e ao facto de não ter pedido desculpa aos familiares da mulher morta e às outras vítimas do crime.
“Os 18 anos de prisão são a pena que a justiça humana pode aplicar, mas o senhor vai ter de viver com uma outra pena para toda a vida: a pena de ter destruído duas famílias, a sua e a da vítima”, disse o juiz presidente.
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O poeta, ficcionista e ensaísta Leonel Cosme, antigo jornalista da rádio e da imprensa, morreu na quinta-feira, aos 86 anos, em Gondomar, distrito do Porto, informou hoje a família.
“Há um tempo de chegar e um tempo de partir… Chegou a hora de o meu pai, Leonel Cosme, partir”, escreve a filha Ariana Cosme, na sua página do Facebook.
Na publicação, Ariana Cosme recorda que o pai deixou escrito no seu último livro “Homo Sum: Tempo de Partir e Chegar” (no prelo na Unicepe) a sua última vontade: “Quando eu morrer quero apenas sobre a campa uma lápide ou tampa com o meu nome, pois ele diz o que eu valer (…)”.
De acordo com informações disponibilizadas por familiares e amigos, o velório decorre esta manhã, na capela da Ressurreição de S. Cosme, Gondomar, e o funeral realiza-se às 14:30.
Leonel Cosme nasceu em Guimarães, em 1934, e viveu 30 anos em Angola, para onde partiu, em 1950, com a família.
Radicou-se naquela então colónia portuguesa, onde foi funcionário público e exerceu jornalismo, tendo regressado a Portugal em 1975.
Em 1982, voltou a Angola e ali permaneceu até 1987, ano em que regressou definitivamente a Portugal.
Prosseguiu, no Porto e em Lisboa, a atividade jornalística que já desenvolvia em Angola, na imprensa e na rádio, e, em 1990, retirou-se do jornalismo profissional para se dedicar à atividade literária, representada por colaboração em jornais e revistas da especialidade, obras de ficção e ensaio histórico-literário.
Publicou as novelas “Um Homem na Rua” (1958) e “A Dúvida” (1961), os contos “Quando a Tormenta Passar” (1959) e “Graciano” (1960), e ainda o livro de poemas “Ecce Homo” (1973).
No domínio do ensaio, publicou “A Separação das Águas – Angola 1975-1976”, “Cultura e Revolução em Angola” (1978), “Agostinho Neto, a Poesia e o Homem” (1984), “Muitas são as Áfricas” (2006).
Escreveu ainda uma ‘pentalogia’, genericamente intitulada “A Revolta”, iniciada na década de 1980, de que fazem parte títulos mais recentes como “A Terra Da Promissão” e “A Hora Final”.
Em Angola, colaborou na revista Cultura, de Luanda (1957-1961), e no Boletim Cultural de Huambo, publicado na então cidade de Nova Lisboa (1948-1974) e foi um dos fundadores e diretor das Edições Imbondeiro, de Sá da Bandeira (hoje Lubango), onde prefaciou e publicou, em parceria com Garibaldino de Andrade, as que foram consideradas – pelo conteúdo e pelo momento histórico da edição – as mais importantes antologias da nova literatura angolana: “Contos d’ África” (1961), “Novos Contos d’África” (1962) e “Antologia Poética Angolana” (1963).
Leonel Cosme é também o autor do catálogo da Primeira Exposição de Bibliografia Angolana (Sá da Bandeira, hoje Lubango, 1962), com cerca de 700 títulos distribuídos por seis áreas: História e Sociologia, Etnografia, Literatura e Ficção, Viagens e Narrativas, Vários Estudos, Antropologia.
Participou em congressos, seminários e colóquios, promovidos, designadamente, por institutos universitários de Portugal, do Brasil e de Itália.
Guimarães
Guimarães mantém mercado e (algumas) feiras abertas, mas encerra cemitérios
Estado de emergência

A Câmara de Guimarães vai manter aberto o mercado municipal, encerrando apenas as lojas de venda de bens “não essenciais”, anunciou hoje a autarquia.
No âmbito das restrições do novo confinamento que entra em vigor a partir das 00:00 horas desta sexta-feira, Guimarães mantém também algumas feiras abertas, como é o caso da feira grossista de frutas e legumes, as feiras de S. Torcato, Caldelas e Pevidém, mas apenas para venda “exclusiva de bens alimentares”.
A feira retalhista irá encerrar, assim como os cemitérios municipais de Atouguia e Monchique.
Em termos de serviços, o atendimento presencial passa a ser feito por marcação através do contacto telefónico (253 421 200), e-mail [email protected] ou Balcão Virtual (ver aqui).
Em termos de transportes, é assegurada “a manutenção da atual oferta do serviço público de transportes de passageiros, de âmbito municipal”.
No que diz respeito aos resíduos urbanos, os serviços municipais e da Vitrus Ambiente vão manter a recolha de resíduos nos moldes habituais. A recolha de resíduos volumosos será feita mediante marcação.
Lista de equipamentos culturais e desportivos encerrados
Biblioteca Municipal Raul Brandão e respetivos polos;
Arquivo Municipal Alfredo Pimenta
Centro de Ciência Viva
Centro Cultural Vila Flor
Casa da Memória de Guimarães
Centro Internacional das Artes José de Guimarães
Loja Oficina
Multiusos de Guimarães
Piscinas Municipais
Pista de Atletismo Gémeos Castro
Academia de Ginástica
Pavilhões Municipais, exceto para as atividades desportivas escolares
Teleférico de Guimarães
Parques Infantis e espaços polidesportivos
Encerramento dos serviços de SPA, Termas, Polidesportivo e Piscina Termal (Taipas Turitermas)
Linhas de Emergência
Município de Guimarães disponibiliza linhas de emergência de Apoio Social e Psicológico, através dos contactos: 253 421 255; 969 264 803 ou 969 264 761.
Estrutura Municipal de Retaguarda
A Estrutura Municipal de Retaguarda em funcionamento no apoio ao Hospital de Guimarães, para atendimento a doentes infetados com a covid-19 ou sem retaguarda familiar e com necessidade de cumprir isolamento profilático;
Equipas Multidisciplinares
Equipas Multidisciplinares de Saúde de Apoio às Escolas e à Comunidade.
Teleconsultas “SNS24 Balcão”
Programa de teleconsultas “SNS24 Balcão”, instalado na sede da Junta de Freguesia de Brito que permite o acesso aos serviços de saúde de uma forma rápida e segura.
Vamos Salvar Portugal
Participação no projeto “Vamos Salvar Portugal”, em cooperação com o Ministério da Saúde e os Militares das Forças Armadas.
Centro de Acolhimento para sem-abrigo
Guimarães mantém ativo o Centro de Acolhimento para pessoas sem-abrigo, ou sem retaguarda familiar, criado no âmbito da pandemia com o objetivo de dar uma resposta imediata através da Rede de Apoio Social de Emergência.
Testagem
Protocolo de Colaboração com o Instituto de Ciências da Vida e da Saúde da Escola de Medicina da Universidade do Minho, a Associação Centro de Medicina P5 e o Hospital Senhora da Oliveira Guimarães, para a testagem da população sénior residente em lares e instituições.

A Câmara e a Associação de Restaurantes de Famalicão decidiram alargar a entrega gratuita de refeições ao domicílio a todos os dias da semana, ao jantar, face ao confinamento geral no país, anunciou hoje o município.
Em comunicado, a autarquia acrescenta que o serviço começa na sexta-feira e as entregas decorrerão, de segunda a domingo, entre as 19:00 e as 22:30.
Os munícipes poderão encomendar o jantar num dos 66 restaurantes aderentes, sem necessidade de se deslocarem para levantarem a sua encomenda e sem a pagar, se for superior a 10 euros.
O pagamento deverá ser efetuado diretamente ao restaurante por MB WAY ou transferência bancária, não sendo admitidos pagamentos diretamente ao estafeta.
Este serviço foi criado no dia 14 de novembro, na sequência do Estado de Emergência decretado pelo Governo, e desde então tem-se mantido ativo ao fim de semana.
Ao todo já foram servidas em casa dos famalicenses 7.200 refeições.
A rede criada para o efeito já conta com a colaboração de 70 estafetas, dos quais oito são taxistas que aderiram ao serviço.
O nono Estado de Emergência foi aprovado na quarta-feira no parlamento e entra em vigor às 00:00 de setxa-feira, mantendo-se até 30 de janeiro.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.979.596 mortos resultantes de mais de 92,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 8.384 pessoas dos 517.806 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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