Habitação em Braga tem preços especulativos, acusa a CDU

Foto: Paulo Jorge Magalhães / O MINHO / Arquivo

A CDU promove, terça-feira, dia 20, pelas 17h30, no Largo de S. Francisco, no centro de Braga, uma Tribuna Pública sob o lema “Direito a uma casa digna para todos”.

“Braga era uma cidade falada por ter habitação a preços mais baixos do que outras. Atualmente, é um concelho em que os preços para arrendamento ou compra de habitação atingem valores altamente especulativos e insuportáveis para a generalidade das pessoas. Ao mesmo tempo, a habitação pública é quase inexpressiva”, afirma.

Neste sentido, a CDU denúncia também “a opção da maioria municipal liderada pelo PSD em Braga em não usar os meios de que dispõe para contrariar a dinâmica especulativa e reforçar a oferta de habitação pública”.

No anúncio da iniciativa, a coligação liderada pelo PCP, lembra que o BCE (Banco Central Europeu) procedeu ao oitavo aumento consecutivo da taxa de juro de referência elevando-a, para já, em mais 25 pontos base, ou seja, passa dos 3,75% para os 4%, num movimento que, sem medir as consequências, se repetirá em Julho como foi anunciado”.

“Esta opção do BCE, tomada em nome do combate à inflação, está a arrasar as condições de vida de centenas de milhar de famílias que foram empurradas para a aquisição de casa própria, contraindo empréstimos à habitação que, desde Julho de 2022, já foram agravados em valores de 100, 200, 300, 400 e mais euros. Uma opção que tem também impactos junto das micro, pequenas e médias empresas e que não deixará de se refletir nos próprios juros pagos pela dívida pública”, salienta a CDU.

E critica: “Perante esta escalada nas taxas de juro, que tem proporcionado lucros colossais aos principais bancos nacionais – que agravam as prestações dos empréstimos bancários e remuneram por baixo os depósitos –, o Governo português assume uma atitude de completa subserviência quer às imposições do BCE, quer perante os interesses da banca”.

Para a CDU, “ o aumento das taxas de juro de referência, não se tem que refletir no agravamento das prestações ao banco para quem tenha empréstimos à habitação. Em vez de medidas como as que decidiu o Governo PS, que na prática facilitam os lucros da banca e prejudicam a população (inseridas no pacote +Habitação) impõe-se que sejam os lucros dos bancos a suportar o aumento das taxas de juro”.

 
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