Guimarães: Rede terá exportado mais de 400 cães para o estrangeiro

Desmantelada pela GNR
Foto: GNR

A investigação à rede de exportação de cães para o estrangeiro que foi, recentemente, desmantelada pela GNR teve início em Guimarães, em 2022, após o desaparecimento de alguns cachorros. Ao que O MINHO junto de diversas fontes próximas do processo, há a suspeita de que tenham sido exportados mais de 400 cães em idade juvenil.

A investigação do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) teve origem numa denúncia por furto de cachorros, em Guimarães, há mais de dois anos. A dona desses cães juvenis ter-se-ia ausentado temporariamente para o estrangeiro, deixando-os ao cuidado de um vizinho, mas os cachorros acabariam por desaparecer.

O SEPNA desenvolveu, então, diligências que permitiram encontrar os cães a quem já teriam sido colocados ‘chips’ num veterinário de Guimarães e que se preparavam para ser enviados para a Holanda ou a Alemanha.

Esses cães já ficariam retidos em Portugal, mas o processo desencadeou a investigação levada a cabo pelo NICCOA – Núcleo de Investigação de Crimes e Contraordenações Ambientais, e que culminou com uma megaoperação na semana passada que constituiu arguidos nove suspeitos e três pessoas coletivas.

O MINHO sabe, também, que estará envolvido um hotel canino numa freguesia do concelho de Fafe, que também foi alvo de buscas da GNR.

Como noticiámos esta manhã, foram realizadas 18 buscas, três domiciliárias e 15 em clínicas veterinárias, nos distritos de Braga, Porto, Vila Real, Bragança, Guarda, Santarém, Lisboa e Setúbal.

Vídeo: GNR

Os suspeitos têm idades entre os 30 e os 60 anos.

Em causa estão crimes relacionados com o processo de exportação de animais de companhia para o estrangeiro, falsificação de documentos e falsidade informática.

Nas buscas foi apreendida documentação física e digital relacionada com os crimes, 5.111,20 euros em numerário e vários equipamentos informáticos.

Foto: GNR

A GNR recorda que o crime de maus-tratos de animais de companhia é punido criminalmente com pena de prisão até seis meses a dois anos. segundo a qual há a suspeita de que terão sido mais de quatro centenas os cachorros exportados de forma ilegal.

Artigo de Ivo Borges com Lusa

 
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