Em resposta a uma interpelação da vereadora Vânia Dias da Silva, sobre as condições do parque escolar de Guimarães, Domingos Bragança anunciou a construção de uma infraestrutura desportiva com dois pavilhões, “sob uma única cobertura”, nas instalações da Escola EB 2/3 João de Meira. Um dos pavilhões servirá as atividades letivas da João de Meira e o outro será entregue ao Vitória Sport Clube para usar como instalação de treino das modalidades amadoras.
O presidente da Câmara esclareceu que a obra será concentrará os dois pavilhões debaixo da mesma cobertura de forma a minimizar o impacto sobre o Parque da Cidade que confina com a Escola naquele local. Relativamente à existência de acessos segregados para os atletas do Vitória, para não terem que entrar na escola, o presidente disse que essa ainda não era uma decisão que estivesse tomada, mas foi adiantando que, na sua opinião pessoal, a comunidade escolar deve estar aberta ao exterior.
Domingos Bragança avançou que esta infraestrutura deverá permitir ao Vitória concentrar num só espaço uma série de atividades, de diversos escalões, das 14 modalidades amadoras do clube, que se encontram espalhadas por diversos pavilhões pelo concelho. O presidente ilustrou com o Pavilhão de Creixomil, onde atualmente convivem as atividades escolares, o Vitória e os Piratas de Creixomil.
Recorde-se que o pavilhão da Escola EB 2/3 João de Meira deu lugar a um dos episódios quentes da campanha eleitoral, quando o Grupo Disciplinar de Educação Física, a 20 de setembro, comunicou que iriam deixar de dar aulas práticas, devido às “más condições do pavilhão da escola”.
A vereadora, eleita pelo CDS, Vânia Dias da Silva, referiu-se, na sua interpelação, à Escola João de Meira, mas particularmente à Escola EB 2/3 de São Torcato. A vereadora lembrou que o projeto foi apresentado em janeiro, “como um presente de Reis”.
Segundo Vânia Dias da Silva, quando assim de apresenta um projeto é expectável que “a montante tudo esteja pronto, para que a jusante a obra possa prosseguir”, o concurso ser lançado e a obra ter início. A vereadora da oposição recordou que este foi um compromisso assumido há oito anos, no primeiro mandato de Domingos Bragança e que, quando o projeto foi apresentado Domingos Bragança apontou o início das obras para este ano. “Estamos em novembro, não há concurso lançado, podemos concluir que a obra não iniciará este ano”, conclui Vânia Dias da Silva.
Domingos Bragança remeteu os atrasos no lançamento do concurso, para os atrasos nos projetos de especialidades. O presidente reafirmou o que já tinha dito, em junho, quando interpelado pelo vereador do PSD, Hugo Ribeiro, sobre o atraso no arranque desta obra: “De um valor que era de meio milhão de euros passamos para uma intervenção na ordem dos três milhões de euros”.
Adelina Paula Pinto, vice-presidente da Câmara e vereadora com o pelouro da Educação, referiu que algumas das questões que atrasam o projeto de especialidades são as relacionadas com pontos de eletricidade para os computadores e rede de internet. A falta de adaptação destas redes, nas escolas existentes, tem sido uma limitação ao uso dos computadores e tablets que foram distribuídos, explicou a vice-presidente do Município.