O TERM Research-Hub – Instituto Cidade de Guimarães, hoje inaugurado, dispõe de “condições únicas” na Europa no campo da investigação, procurando desenvolver “novas e sofisticadas intervenções para problemas de saúde”, num investimento de 10,8 milhões de euros.
A infraestrutura, vocacionada para a Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa (TERM Res-Hub), situada no Parque de Ciência e Tecnologia de Guimarães – AVEPARK, surge no âmbito de uma candidatura apresentada a fundos comunitários (financiada em quase 9,2 milhões de euros pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional – FEDER), pelo Instituto 3B’s da Universidade do Minho (UM).
O centro de investigação está a funcionar desde o verão do ano passado, mas só hoje foi oficialmente inaugurado, na presença do primeiro-ministro, António Costa, da ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, do reitor da UM, Rui Vieira de Castro, e do presidente da Câmara de Guimarães, município parceiro no projeto.
“Este é um momento importante, que é mais um marco de um percurso e de uma estratégia que o país tem desenvolvido com sucesso. Felizmente, o país, há uns anos, compreendeu que a base do seu desenvolvimento assentava no conhecimento, que era o que permite desenvolver as qualificações e aquilo que permite sustentar a inovação”, sublinhou o primeiro-ministro, durante o seu discurso.
António Costa defendeu que é essencial investir no conhecimento.
“Se queremos ser um país mais competitivo, com empresas que gerem mais e melhor emprego, que consigam aumentar o seu nível de exportações, não podemos concorrer mais com base nos baixos custos e, em particular, nos baixos salários. Temos de ser capazes de competir naquilo que são os bens e serviços de maior valor que podemos produzir”.
Por isso, para António Costa, “é fundamental investir no conhecimento, porque o conhecimento está na base de tudo”.
“Condições únicas a nível europeu”
Segundo a UM, este “Hub de investigação tem condições únicas a nível europeu para investigação e prestação de serviços nas suas áreas de atividade”, podendo, nomeadamente, “oferecer serviços únicos (ensaios e/ou consultoria), realizar e liderar projetos científicos e publicar os seus resultados científicos em revistas de elevado impacto, bem como gerar propriedade intelectual que possa ser valorizada”.
“A infraestrutura TERM RES-Hub integrará investigação em ciências da saúde e tecnologias de ponta para o desenvolvimento de novas terapias clinicamente úteis e estratégias de regeneração de tecidos humanos, medicina regenerativa e de precisão”, sublinha a UM.
Nesse sentido, o TERM RES-Hub adotará metodologias altamente multidisciplinares para avançar o conhecimento atual em áreas selecionadas da Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa (TERM), Nanomedicina, Engenharia Biomédica, Materiais Naturais, Biodegradáveis e Biomiméticos, e Ciência e Tecnologia de Biomateriais.
“Tem como principal objetivo desenvolver novas e sofisticadas intervenções para problemas de saúde prevalecentes, incluindo métodos avançados de diagnóstico e terapias”, salienta a UM.
O novo edifício é composto por nove laboratórios, áreas de trabalho em conceito ‘open space’ para investigadores e complementado com uma área administrativa (gabinetes, salas de reuniões), instalações sanitárias e balneários, zonas técnicas e de armazém.
“O hall está desenhado no sentido longitudinal dos três pisos garantindo a circulação e a articulação entre os vários espaços. Assim, esta infraestrutura possui vários laboratórios (por exemplo, laboratórios de química, microbiologia, biologia molecular, histologia e bioimpressão/biofabricação, laboratório de microscopia avançada (com parcerias com ZEISS e LEICA), laboratório de processamento celular (células humanas e animais incluindo células estaminais), laboratório de investigação marinha, e instalação de uma sala limpa”, refere ainda a UM, em comunicado divulgado à imprensa.