Guia: Falta um mês para Vilar de Mouros. Saiba tudo (tudo, tudo)

DR

Falta precisamente um mês para o arranque do festival EDP Vilar de Mouros, que se realiza no conhecido cenário natural do concelho de Caminha nos dias 24, 25 e 26 de agosto. A edição de 2017 procura focar-se no ecletismo musical, tendo sempre em mente o objetivo de oferecer grandes performances de reputados artistas nacionais e internacionais e de descobrir novos talentos que estejam alinhados no espírito, essência, energia e ambição do Festival EDP Vilar de Mouros.

Ecletismo musical

Palco do Festival de Vilar de Mouros (2016). Foto: Luís Valadares/CM Caminha

O cartaz do Festival EDP Vilar de Mouros 2017 reflete a aposta da organização em reafirmar o evento através da transversalidade de estilos musicais e de gerações.

Estão confirmadas as atuações de Primal Scream, 2ManyDjs, The Jesus and Mary Chain, The Mission, The Dandy Warhols, The Psychedelic Furs, Morcheeba, The Young Gods, The Boomtown Rats, The Veils, George Ezra, PeterBjorn and John, Avec, Capitão Fausto e Salvador Sobral.

Oferta musical… e gastronómica

“Pataniscas com arroz de feijão, sardinhas na broa, caldo verde, papas de sarrabulho, caracóis ou rojões à minhota, são algumas das opções que podem encontrar na ementa do EDP Vilar de Mouros. Prometemos que não voltas de Caminha com o estômago vazio ;)”, diz a organização.

Para além da música, a gastronomia é, sem dúvida, uma das grandes apostas desta edição do EDP Vilar de Mouros. Esta aposta diferenciadora vai proporcionar a todos os festivaleiros uma experiência gastronómica singular, com a oferta de pratos regionais típicos e outros. Entre as iguarias tradicionais que vão estar disponíveis encontram-se as pataniscas com arroz de feijão, sardinhas na broa, caldo verde, papas de sarrabulho, caracóis, rojões à minhota e, para os festivaleiros mais gulosos, doçaria conventual e regional.

Para aqueles que procuram sabores menos tradicionais, ao longo do espaço do evento, será possível degustar mais de 20 conceitos de street food onde será possível degustar carnes e peixes grelhados, pizzas e massas italianas, leitão, comida mexicana, pernil de porco, pregos, hamburgers, enchidos e queijos, comida
argentina, risotos, paelhas e tapas, salgados e panados diversos, comida vegetariana, saladas vegan, waffles belgas, crepes, tripas de Aveiro e bolacha americana.

Leitura de contos para os mais novos

Era uma vez… um festival, o Festival EDP Vilar de Mouros 2017, que criou experiências absolutamente únicas e com ajuda da Biblioteca de Caminha desenvolveu uma zona lounge para leitura e descanso, onde os festivaleiros poderão recuperar as suas energias para os inesquecíveis concertos. Esse festival incluiu
ainda horas de leituras de histórias de encantar para os mais novos, algo que foi certamente uma experiência única, num cenário absolutamente mágico. E dançaram com alegria, felizes para sempre.

Campismo com conforto de hotel 

“Após o sucesso do ano passado, a Snoozy Dream está de volta para a edição deste ano do EDP Vilar de Mouros. Ideal para os quem procura alternativas ao campismo”, escreve a organização no Facebook.

O camping vai estar aberto desde dia 20 de agosto e terá uma zona de pequenos almoços para a maior comodidade dos campistas. Sumos naturais, cafés, pão fresco e bolos todas as manhãs.

A Snoozy Dreams volta a ocupar parte do camping do festival, proporcionando descanso cómodo aos festivaleiros. O conceito da Snoozy Dreams permite descansar no epicentro do festival numa estrutura com cama e mesa de cabeceira, eletricidade e sitio para pendurar roupa. Uma experiência memorável.

O Festival EDP Vilar de Mouros 2017 tem como promotores a Câmara Municipal de Caminha, a Junta de Freguesia de Vilar de Mouros e a Surprise & Expectation, com produção conjunta da Dot Global e Metronomo.

A EDP é o naming sponsor do Festival EDP Vilar de Mouros. Com este patrocínio a marca não só apoia um dos festivais mais antigos de Portugal, como faz chegar esta forma de cultura a outros cantos do País.

Os bilhetes estão já à venda nos locais habituais. – a nível nacional. a venda de bilhetes encontra-se também disponível em: https://ticketline.sapo.pt/evento/festival-vilar- de-mouros; a nível internacional a venda de bilhetes também já se encontra disponível em: https://www.ticketea.pt/bilhetes-festival- edp-vilar- mouros-2017/.

Preço dos Bilhetes: O valor dos Bilhetes diários é de 35€. O valor do Passe de 3 dias é de 70€ e inclui camping gratuito entre o dia 20 e o dia 27.

Parceria CP

“O comboio é uma das melhores formas de chegar ao EDP Vilar de Mouros. Apresenta o teu bilhete para o festival nas bilheteiras da CP e aproveita o desconto de 30% na compra de bilhetes de ida e volta para Caminha. Dos autocarros entre a estação e o festival, tratamos nós ;)”, promete o EDP Vilar de Mouros.

Na apresentação do bilhete do festival nas bilheteiras da CP, o cliente poderá usufruir de 30% de desconto na aquisição de bilhetes de ida e volta para Caminha nos InterRegionais, Intercidades e Regionais da CP.

O Festival EDP Vilar de Mouros disponibilizará continuamente transferes gratuitos entre a estação de comboios de Caminha e o festival.

Bandas confirmadas EDP Vilar de Mouros 2017

Cartaz de 2017. DR

GEORGE EZRA
É uma das revelações do momento e chega a Vilar de Mouros para uma atuação única e exclusiva em Portugal. Falamos do jovem britânico George Ezra, que elegeu Vilar de Mouros como um dos poucos festivais em que atuará este Verão. Na bagagem, Ezra traz o aclamado álbum de estreia, “Wanted on Voyage”, de 2014, que lhe valeu o aplauso unânime de público e crítica. O disco foi um dos mais vendidos em Inglaterra em 2014 e 2015, tendo tomado de assalto o “Top 10” de dez países, muito por força do single “Budapest”, que conquistou vários galardões de platina, da Alemanha à Nova Zelândia. Em consequência, Ezra somou nomeações para alguns dos mais importantes prémios de música, dos Brit Awards aos MTV
Music Awards, passando pela BBC, Ivor Novello e You Tube, em que foi eleito um dos 50 artistas a seguir.

Jovem cantautor – tem apenas 24 anos – Ezra navega entre a folk, os blues e o rock, facto a que não são alheias as influências maiores que gosta de citar: Bob Dylan, Woody Guthrie, Lead Belly e Howlin Wolf. Senhor de uma voz apaixonada e madura, descrita pela crítica como “fazendo mais sentido a um capitão de barco de pesca do Alabama do que a um natural de Bristol”, George Ezra estreou-se em disco em finais
de 2013, com o EP “Did You Hear the Rain?”, em que se incluía o tema “Budapest”. Seguiu-se novo EP, “Cassy O’”, já em 2014, e, pouco depois, “Wanted on Voyage”, o álbum que confirmou definitivamente George Ezra como um dos mais talentosos artistas surgidos nos últimos anos. Ao ponto de já ter sido escolhido para a abertura de espetáculos de músicos tão importantes como o ex-Led Zeppelin Rober Plant, ou Sam Smith. A não perder, em exclusivo, em Vilar de Mouros.

Peter Bjorn and John

Da Suécia chegam Peter Bjorn and John, um grupo que já conta com sete álbuns e 18 anos de canções. Formado em Estocolmo em 1999, o trio só queria fazer música para se divertir – reza a lenda que o primeiro concerto correu muito mal -, mas tudo mudou quando, em 2006, o tema “Young Folks” se impôs nas rádios de todo o Mundo. Desde então, Peter Bjorn and John não mais pararam de conquistar fãs com
a sua música, uma contagiante fusão de indie-pop- rock com laivos psicadélicos.

The Boomtown Rats

Comandados pelo irreverente Bob Geldof, o “pai” do Live Aid, os Boomtown Rats desembarcam em Vilar de Mouros para celebrar os seus 40 anos de carreira. Uma vida dedicada à música, que começou na Irlanda, em 1975, gerada pelo punk cru que então brotava. Tal como as canções de então, a vida dos Boomtown Rats foi rápida e durou apenas até 1986, quando por via do crescente protagonismo de Geldof – que entretanto já havia brilhado como ator em “Pink Floyd: The Wall” (1982) – a banda decidiu fazer uma paragem sabática. Porém, em apenas dez anos, os Boomtown Rats deixaram a sua marca. Fizeram digressões ao lado de Ramones e Talking Heads, os concertos esgotados eram famosos pela permanente atitude provocatória de Geldof e canções como “Rat Trap”, que atingiu o Nº 1 do Top britânico, “She’s so Modern” “Banana Republic” e, em particular, “I Don’t Like Mondays” valeram aos Boomown Rats um lugar distinto, somando Discos de Platina e prémios; Brit Awards, Ivor Novellos e Grammy. Em 2013, e após uma longa hibernação, Geldof – que foi mantendo uma carreira a solo – juntou-se aos ex-companheiros Garry Roberts, Pete Briquette e Simon Crowe para uma actuação no mítico Festival da llha de Wight. A actuação foi um despertar de emoções, renovou energias e, desde então, os Rats não mais pararam.

Primal Scream

Formados em 1982 pelo ex-baterista dos ex-Jesus and the Mary Chain (Bobby Gillespie), os Primal Scream são reconhecidamente uma das bandas mais singulares do rock oriundo de terras de Sua Majestade. Com uma sonoridade única, que destila influências tão diversas como Byrds e Velvet Undergound, os Primal Scream têm no álbum “Screamadelica” (1991) a sua obra maior. O disco valeu aos Primal Scream o Mercury Music Prize de 1992, batendo uma concorrência de peso que incluía “Stars”, dos Simply Red, e “Achtung Baby”, dos U2. Sempre capazes de surpreender, os Primal Scream são também uma banda contagiante em palco, com uma fusão de sonoridades que vão do dance ao dub, techno, acid house e rock.

The Jesus and Mary Chain

Nasceram em 1984, finaram-se em 1999, renasceram em 2007 e ei-los aí que chegam a Vilar de Mouros cheios de energia e com um álbum novo (“Damage and  Joy”) para mostrar. São os Jesus and the Mary Chain, uma das bandas mais amadas e odiadas de sempre na cena rock britânica. A verdade é que poucos grupos conseguiram gerar tanto amor/ódio na cultura musical como os The Jesus and Mary Chain. Além da música, muitas vezes sideral e sobre um manto de distorções, os Jesus and the Mary Chain ficaram igualmente famosos pelas suas actuações alienadas, por vezes de costas para o público e envoltos em nuvens de fumos que ocultavam a banda. Nada, porém, que impedisse a música de fluir e de contagiar
plateias.

The Mission

Nascidos em 1985 em consequência de divergências nos Sister of Mercy, os The Mission são uma referência do rock gótico e chegam a Vilar de Mouros a celebrarem os 30 anos de “God’s Own Medicine”, um marco do género. Mas nem só de nostalgia se fará a actuação dos The Mission, que trazem também o recente “Another Fall From Grace” (2016) para apresentar. Mas serão, com certeza, êxitos como “Wasteland”, Tower of Strenght”, “Beyond The Pale” e “Butterfly on a Wheel” que farão as delícias dos fãs. É caso para dizer que há zangas que valem bem a pena.

The Psychedelic Furs

Os Psychedelic Furs são outra das pérolas que vão passar por Vilar de Mouros.

Formado em 1977, o grupo é responsável por êxitos como “Love My Way”, “Heaven”, “The Ghost In You” e “Heartbreak Beat””. Mas foi sobretudo com “Pretty In Pink” que os Psychedelic Furs se afirmaram definitivamente, muito por força do filme homónimo de John Hughes, de 1986, que usou a canção. A banda separar-se-ia em 1992, após uma extenuante digressão e sete álbuns no activo, mas voltaria a
reunir-se em 2001. De então para cá, os Furs não mais têm dado tréguas e, em Vilar de Mouros, vão com certeza seduzir e arrepiar a pele de todos os presentes.

Morcheeba

São das bandas mais queridas do público português e o regresso em Vilar de Mouros será, com toda a certeza, uma celebração. Conduzidos pela voz sedutora de Skye Edwards, os Morcheeba prometem encantar com temas como “The Sea”, “Part of the Process”, “Rome Wasn’t Build in a Day” ou “World Looking in”, entre muitos, muitos outros. Uma viagem ao ritmo do trip-hop, rhythm and blues e pop.

The Young Gods

Vinte e um anos depois, os helvéticos Young Gods estão de regresso a Vilar de Mouros para mostrar por que são das mais influentes bandas de rock industrial.

Formado em 1985, o trio suíço foi pioneiro na utilização de samplers na composição musical, o que acabou fazendo escola, mesmo do outro lado do Atlântico, onde até os venerados Ministry lhes fazem vénia. Contudo, os Young Gods não se fecharam na fábrica e sempre fizeram evoluir a sua sonoridade, do rock industrial às paisagens electrónicas e ambientais. Mas sempre de uma forma envolvente a que ninguém
fica indiferente.

The Dandy Warhols

Corria o ano 2000 quando a canção “Bohemian Like You” catapultou estes rapazes de Portland (EUA) para o estrelato mundial. O álbum, “Thirteen Tales From Urban Bohemia”, era já o terceiro e estava recheado de canções pop-rock que se colavam aos ouvidos. Mas nem sempre foi assim e desde a formação, em 1994, que os Warhols procuravam uma identidade musical, dispersando-se por várias paisagens musicais. Desde o êxito de 2000, os Warhols lançaram mais cinco discos, o último dos quais, “Distorland”, data de 2016. Mas, surpresa, a diversidade é a identidade musical dos Dandy Warhols, um grupo diletante que se define como “a real old school type of band. Like a gang”!

The Veils

The Veils é uma banda de Londres, liderada pelo vocalista/compositor, Finn Andrews, que cita como inspirações maiores Bob Dylan, Tom Waits ou Patty Smith. Em Vilar de Mouros, The Veils apresentará o seu mais recente disco, “Total Depravity”, de 2016, o elogiado quinto álbum da banda marcado por extremos contrastes sonoros e uma intensidade a toda a prova.

AVEC

Em início de carreira, AVEC é um nome a descobrir em Vilar de Mouros. Austríaca de nascimento, AVEC vem apresentar o EP “Heartbeats”, lançado em 2015 e aclamado pela crítica e público. Trata-se de um conjunto de canções escritas em casa, na sua maioria, compostas mais pelo coração do que pela razão, num delicado equilíbrio entre a maturidade das letras e os sons elegantes da guitarra. “Dead”, “Darling”, “Youth” e “Bones” são alguns dos temas de maior profundidade de AVEC.

2ManyDjs (Dj)

Desde 1995 a imporem o ritmo nas pistas de dança (e não só) David e Stephen Dewaele têm levado a sua sonoridade a viajar a novos territórios musicais, numa impressionante e permanente aventura para os sentidos. (Re)misturar e transformar são palavras de ordem da dupla, que se tem destacado na reinterpretação de originais de Tame Impala, Metronomy, Arcade Fire, Daft Punk, Gossip, Hot Chip, MGMT entre outros. Após um longo hiato, enquanto Soulwax, a dupla lançou em Março um novo álbum que promete pôr Vilar de Mouros a dançar.

Capitão Fausto

Definem-se como “uma banda de rock de Lisboa”, mas a verdade é que já conquistaram Portugal com o seu som fresco e contagiante. O quinteto promete dar tudo em Vilar de Mouros e surpreender a plateia. “Capitão Fausto Têm os Dias Contados” (terceiro álbum do grupo) é o registo que serve de pretexto para um concerto em que vão mostrar por que são uma das certezas do novo rock português.

Salvador Sobral

Em estado de graça depois da brilhante vitória no festival Eurovisão, Salvador Sobral promete arrastar multidões a Vilar de Mouros. E não é para menos, já que Salvador tem muito mais para mostrar do que “Amar pelos Dois”, o tema com que conquistou a Eurovisão. Na verdade, em “Excuse Me", o seu disco de estreia, Salvador viaja do jazz à bossa nova com à vontade mas, sobretudo, uma rara paixão e assinalável maturidade, seja na abordagem a Dorival Caymmi ou no abraço às sonoridades afro-cubanas. E sempre com um belo swing.

Mais informação em www.edpvilardemouros.com

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