A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, anunciou esta segunda-feira em Viana do Castelo a criação “imediata” de um grupo de trabalho que terá como missão encontrar financiamento para a construção de acessos rodoviários ao porto de mar da cidade.
“Vamos constituir imediatamente um grupo de trabalho porque é uma matéria que envolve várias áreas de governação. Envolve a área do mar, no que respeito ao porto de mar, a área do planeamento e infraestruturas, e o Ministério da Economia”, afirmou Ana Paula Vitorino durante uma visita à cidade para divulgar e promover as políticas da Economia do Mar.
Em causa está a construção, reclamada há mais de uma década, de uma nova via rodoviária, com menos de dez quilómetros, para ligar o porto comercial ao nó da autoestrada A28, em São Romão de Neiva, permitindo retirar o tráfego de pesados do interior de vias urbanas.
O projeto está concluído desde 2008 e executá-lo custa cerca sete milhões de euros.
Segundo os últimos dados da Administração do Porto de Douro e Leixões (APDL) “a grande maioria” das expropriações de terrenos necessários à empreitada “está concluída”, mas o que falta custa ainda “uma verba significativa”, na ordem dos dois milhões de euros.
Esta segunda-feira a ministra do Mar, que falava aos jornalistas a bordo do navio-museu Gil Eannes, depois de se ter reunido com a administração da APDL, adiantou que o grupo de trabalho, a constituir “esta semana”, irá estudar, “tão breve quanto possível”, a solução de financiamento da obra.
“Não está em causa a bondade do projeto. É necessário melhorar as acessibilidades ao porto de Viana do Castelo. O que está em causa é encontrar uma forma de financiar o projeto. É necessário, atendendo ao quadro financeiro que nos temos, encontrar os fundos comunitários para financiar o projeto”, especificou.
O presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, sublinhou a “total abertura” da ministra do Mar para encontrar, no âmbito dos programas comunitários, as linhas de financiamento necessários uma vez que o projeto dos acessos rodoviários “está pronto”.
“Fiquei muito esperançado que este processo possa ter, não direi uma via verde, mas um caminho muito mais facilitado, uma vez que, já andamos a trabalhar nele há muitos anos”, frisou.
José Maria Costa adiantou que o porto de mar de Viana do Castelo “é responsável por mais de 600 milhões de euros de exportações” e que o Alto Minho “exporta, por ano, 1,3 mil milhões de euros”.
“Estamos a falar da necessidade de operacionalização de uma infraestrutura que é fundamental para aumentarmos a internacionalização e criarmos melhores condições para a fixação de investimento estrangeiro”, frisou o autarca que sublinhou a participação do município no grupo de trabalho que vai ser criado.
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