O grupo de teatro Krisálida, em Caminha, vai promover uma “guerrilha antiplástico”, utilizando o palco e marionetas de plástico apanhado nas praias do Alto Minho para sensibilizar crianças e adultos para a poluição marítima causada por aquele material.
Em causa está o projeto “OPER(A)ÇÃO PLASTIKUS” que a companhia profissional de teatro está a desenvolver depois de ter recebido um apoio da Direção-Geral das Artes (DGArtes) “para utilizar o palco para abordar um dos maiores problemas da humanidade”, referiu, em comunicado, a Krisálida – Associação Cultural do Alto Minho.
“É um problema que já está a afetar as nossas vidas. Utilizar o teatro como ferramenta de trabalho para espoletar o pensamento crítico e o debate de problemáticas sociais sempre foi objetivo da Krisálida nas suas criações”, explica a diretora artística da companhia, Carla Magalhães.
Durante o ano, “o projeto ‘OPER(A)ÇÃO PLASTIKUS’ inclui dois espetáculos teatrais, um para crianças e outro para adultos, que vão abordar, em palco, o problema do plástico e a ameaça que representa ao não ser biodegradável para a vida como a conhecemos”.
“Recorrendo a uma parceria estabelecida com a Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, teremos o apoio na componente científica do tema”, explica ainda a diretora da Krisálida.
O espetáculo para a infância, que “recorrerá à linguagem da arte da marioneta, será criado em residência artística com direção plástica e encenação do grupo Teatro e Marionetas Mandrágora”.
As marionetas do espetáculo “serão construídas com plásticos recolhidos na costa litoral norte, território onde a Krisálida atua”.
Numa segunda residência artística, “será desenvolvido o espetáculo para adultos, com o encenador Graeme Pulleyn, encenador britânico convidado da Krisálida para esta abordagem e que em Portugal já trabalhou também como ator e diretor artístico em dezenas de projetos”.