O Grupo ACA, de Famalicão, está a erguer a maior ponte construída em Recife, Brasil, nos últimos 40 anos. Com 335 metros, a empreitada de 106 milhões de reais (cerca de 19 milhões de euros) iniciou em outubro de 2023 e deverá estar concluída em 2026.
A Ponte Júlia Santiago terá 20,4 metros de largura, com quatro faixas de rodagem, duas para peões e uma ciclovia.
Além disso, as avenidas Tapajós e Engenheiro Alves de Souza estão a ser alargadas para duas vias por sentido, com extensões de 908 metros e 1.060 metros, respetivamente. Serão plantadas 350 árvores.
A construção da Ponte Júlia Santiago atingiu os 60% de execução, com avanços “significativos” na estrutura e nos acessos. Numa nota nas redes sociais, a empresa de Famalicão refere que metade das vigas pré-fabricadas já foi produzida e 95% das estacas das fundações estão concluídas.
Os apoios 1 e 2 encontram-se finalizados, enquanto o apoio 3 e os encontros nas margens seguem em construção.
Nos acessos pela Avenida Engenheiro Alves de Souza, o Grupo ACA concluiu o desvio das redes de serviços, 50% da drenagem e 50% da pavimentação. Já na Avenida Tapajós, iniciaram-se em março as intervenções de drenagem e duplicação da via.
Realizada em parceria com a empresa Planes Engenharia, esta obra será, de acordo com o Grupo ACA, um “contributo fundamental para a mobilidade urbana, melhorando a fluidez do trânsito e a ligação entre diferentes zonas da cidade”.
Já Victor Marques, secretário de Infraestrutura e vice-prefeito do Recife, a ponte é uma obra “fundamental para quem mora e circula” naquela região.




“Temos um grande projeto de uma ponte que será executada e que reduzirá o tempo médio de deslocamento nessa área. Também teremos uma ciclovia que ligará à Mascarenhas de Moraes e, consequentemente, a Boa Viagem também. Então, é uma obra que vai melhorar toda a mobilidade da região, e que já está em ritmo acelerado, com 66% de execução”, disse, citado em nota divulgada na quarta-feira, 14, pela prefeitura do Recife, capital do estado de Pernambuco.
ACA conta com mais de 2.000 colaboradores
Com sede em Famalicão, a Alberto Couto Alves (ACA) atua nas áreas das infraestruturas (estradas e pontes) e em áreas de construção civil, requalificação urbana, vias de comunicação, edifícios residenciais, hotelaria, reabilitação, geotecnia, obras fluviais, paisagismo, infraestruturas desportivas, sistemas de água e gestão de resíduos.
Fundada em 1982 pelo empresário famalicense com o mesmo nome, conta com mais de 2.000 colaboradores e prevê um volume de negócios de 350 milhões de euros. Há 41 anos que Alberto Couto Alves é o administrador principal da empresa.
Desde a instalação de uma central de britagem em Fafe, no ano de 1990, a ACA tornou-se uma multinacional, atuando em Angola, Marrocos, Brasil, França, Argélia, Polónia, Camarões, São Tomé e Príncipe e, mais recentemente (2021), na Bolívia.
A empresa “assume-se hoje como um dos mais relevantes ‘players’ portugueses no setor da construção, face à diversidade e excelência do seu vasto portfólio de obras”, pode ler-se no seu portal.