Grupo de Braga aposta em fábrica de 15 milhões em Aveiro para “transformar” a construção em Portugal

Vai criar 50 empregos
Foto: DR

A KREAR, uma ‘joint venture’ entre Grupo Casais, de Braga, e a cimenteira portuguesa Secil, está a construir uma fábrica em Estarreja, distrito de Aveiro, com a ambição de “dar um passo significativo na transformação do setor da construção em Portugal”. Com uma área total de 30 mil metros quadrados, dos quais 10 mil serão dedicados à produção de estruturas de edifícios de porte médio, trata-se de um investimento de 15 milhões de euros.

Em comunicado hoje enviado a O MINHO, dá conta de que recebeu o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, na sua fábrica.

A KREAK tem uma linha de produção altamente automatizada. “Dos 10 mil metros quadrados destinados à produção, 60% serão utilizados para uma linha automatizada semelhante à utilizada na indústria automóvel, incorporando a robótica para otimizar o processo produtivo (sistema ‘carrossel’). Os restantes 40% estarão focados na parte criativa e arquitetónica, permitindo que a empresa mantenha a qualidade e a personalização dos projetos. Esta unidade produtiva é, assim, uma das mais avançadas do país”, refere o comunicado.

“Com a fábrica da KREAR estamos a dar mais um passo na transformação do setor. Estamos a trazer grande parte da construção tradicional para dentro da fábrica, produzindo grandes blocos de betão, que são depois assemblados em obra. Com este método inovador, estamos por um lado, a contribuir para a sustentabilidade do setor – evitando desperdícios dado ser uma construção precisa e em escala -, e por outro, a colocar à disposição do país um meio para mitigar a crise da habitação, dado ser um método mais célere de construção”, afirma Daniel Granjo, diretor-geral da KREAR, citado no comunicado.

A empresa prevê que este novo modelo possa reduzir o tempo de construção de uma infraestrutura até 50%, quando comparado com a construção tradicional exclusiva em betão.

A KREAR, que foi oficialmente lançada em maio de 2024, tem Portugal como principal mercado nesta primeira fase. Contudo, tem como objetivo, numa segunda fase, expandir a sua atividade para outras geografias como Espanha e França. A empresa pretende desenvolver a sua atividade principalmente o segmento dos edifícios multifamiliares e unifamiliares, abrangendo também projetos como hotéis e residências de estudantes.

Com uma previsão de empregar cerca de 50 pessoas, “esta fábrica não só promete inovar o setor da construção, mas também contribuir significativamente para a criação de postos de trabalho na região”, conclui o comunicado.

 
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